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Como a economia impacta seu bolso: entenda sem economês

Descubra como os principais indicadores econômicos influenciam no custo de vida, no consumo e nas suas finanças pessoais

Economia: entenda como a inflação e o dólar afetam diretamente suas finanças (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

Economia: entenda como a inflação e o dólar afetam diretamente suas finanças (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

João Kepler
João Kepler

CEO Equity Fund Group e colaborador

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 12h05.

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Vamos falar de economia, mas sem aquele economês chato que ninguém entende. Por trás de cada número complicado que aparece no noticiário, existe uma verdade simples: esses números impactam diretamente o que você ganha, o que você gasta e como você vive. Então, que tal descomplicar?

O impacto da Selic no seu bolso

Primeiro, a Selic, nossa famosa taxa básica de juros, que já esteve perto dos 15%. O que isso significa? Simples: tomar dinheiro emprestado ficou caro. Financiamento, cartão de crédito, empréstimos – tudo pesa no bolso. A ideia do governo é desaquecer o consumo e segurar a inflação, mas, na prática, isso também trava a economia. Empresas investem menos, consumidores compram menos e todo mundo sente o impacto.

Por que a inflação é tão importante?

Agora, sobre a inflação, que está acima de 5%. Se você acha que seu dinheiro não dura nada, é porque ele está literalmente valendo menos. Com os preços subindo mais rápido do que os salários, o custo de vida aumenta e o poder de compra despenca. É como se o seu bolso tivesse um furo invisível, e tudo que você ganha fosse embora sem você perceber.

O dólar alto e seu efeito em cadeia

E o dólar acima de R$ 6,00? Aí o buraco é mais embaixo. Com o dólar alto, o real perde força. Quer viajar? Paga mais caro. Quer comprar aquele celular ou produto importado? Mais caro também. Até a gasolina sente o impacto, porque boa parte do nosso combustível é precificada em dólar. No fim das contas, tudo encarece, e quem paga a conta é você.

O PIB e o crescimento econômico

O PIB, que mede o crescimento da economia, é outro termômetro importante. Quando ele cresce apenas 2%, isso significa que a economia está praticamente parada. Menos empregos, salários estagnados e pouca confiança no futuro. Para um país em desenvolvimento como o Brasil, 2% é pouco. Precisamos de crescimento para resolver problemas básicos como desemprego e desigualdade.

A dívida pública e seus impactos

E a dívida pública, que já está em 70% do PIB? O que isso quer dizer? Que o governo está devendo muito e pagando juros altos. O problema não é só dever – é o que sobra (ou não) para investir. Quanto mais o governo gasta com dívidas, menos recursos vão para saúde, educação e infraestrutura. E quem sente a falta desses investimentos? Você e eu.

Para piorar, temos o superávit primário caindo. Isso significa que o governo está economizando menos do que deveria para pagar os juros da dívida. Resultado: ele se endivida mais, os juros sobem ainda mais, e a confiança no país despenca. É um ciclo vicioso que só aumenta o peso da conta no nosso dia a dia.

Economia: por que entender faz diferença?

No final, tudo isso pode parecer distante, mas está muito mais próximo do que você imagina. Esses números não são apenas indicadores; eles definem o preço da comida no supermercado, o custo de um financiamento, o valor do seu salário e suas oportunidades no futuro. A economia não é algo que você pode ignorar, porque ela não ignora você.

Entender esses movimentos é como ter um mapa para navegar em águas turbulentas. Ficar no escuro significa ser levado pela correnteza. A boa notícia é que a educação financeira e a compreensão básica desses indicadores podem te colocar no controle da sua vida. E aí, vai continuar deixando a economia te controlar, ou vai tomar as rédeas do jogo? Pense nisso!

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