O empresário alemão Malte Horeyseck (em pé, ao centro) e os sócios da Dafiti (Germano Lüders/EXAME.com)
Daniela Barbosa
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 12h03.
São Paulo – Aqui, ou em qualquer outro lugar do planeta, o sucesso de uma varejista online está atrelado, antes de tudo, à velocidade com que a companhia consegue atender seus clientes. E a Dafiti, e-commerce do segmento de moda no Brasil, espera não repetir os erros que referências desse mercado no país, como Submarino e Americanas.com, já cometeram no passado.
Para isso, a Dafiti controla uma área que se tornou a maior dor de cabeça para outras empresas do setor – a entrega dos produtos. De acordo com Philipp Povel, um dos fundadores da varejista, para não ter problemas com entregas e reclamações dos clientes, a Dafiti possui seu próprio centro de distribuição e próprio Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
“Desde o início, internalizar as operações sempre foi uma prioridade. E-commerce não é apenas vender produtos, é investir em CDs e pós-atendimento”, disse Povel a EXAME.com.
A Dafiti tem menos de dois anos de operação e já possui dois centros de distribuição em São Paulo, um na cidade de Jundiaí e outro em Itupeva. O terceiro CD da companhia deve ser instalado na mesma região do interior paulista.
E é para a infraestrutura que irá boa parte dos 90 milhões de reais aportados pelo JPMorgan. “Vamos inaugurar nosso terceiro centro de distribuição no início do próximo ano. Com a nova unidade, pretendemos triplicar nosso tamanho no mercado”, afirmou Povel.
Prioridades
Além dos CDs, outra prioridade da varejista é ampliar o leque de categorias e produtos oferecido em seus sites. A Dafiti acabou de estrear em dois novos segmentos: cama, mesa e banho e beleza. A companhia oferta em seu site, atualmente, cerca de 60.000 produtos, de 550 marcas diferentes.
“Inauguramos recentemente o site Dafiti Sports. Apesar das diversificações, sabemos dos nossos limites e não espere que a gente comece a vender geladeira e fogão pela internet. Apostamos no segmento que estamos, por isso nada de muito inusitado vai acontecer”, afirmou Povel.
A Dafiti anunciou, nesta terça-feira, que JPMorgan vai investir 90 milhões de reais em suas operações no Brasil. Segundo Povel, nada vai mudar no controle da companhia e o banco de investimento terá apenas participação minoritária nos negócios da Dafiti – que, pelo acordo assinado pelas duas companhias, não pode ser revelado.