Renato Stefanoni, presidente da AmPm: ( André Luiz Melo/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 28 de setembro de 2023 às 10h18.
Entre as dez maiores franquias do Brasil em 2022, a rede de lojas de conveniência AmPm tem o desafio de tornar seu modelo de negócio mais atrativo (e rentável) para os franqueados. Apesar do fechamento de mais de 229 unidades, chegando a 1553 unidades no balanço do segundo trimestre, o faturamento cresceu 13%, atingindo a marca de 486 milhões de reais no período. No primeiro semestre de 2023, o faturamento já é de 988 milhões de reais.
O mercado de conveniência mudou nos últimos anos, principalmente após a chegada da Oxxo. Para o presidente da AmPm Renato Stefanoni, a entrada de novas marcas é benéfica para o segmento — apesar de apontar diferenças na proposta de valor.
"Eu vejo dois movimentos no mercado de proximidade. Existem redes mais focadas em conveniência com minimercados, como Oxxo, Pão de Açúcar e Carrefour. Já a AmPm tem como foco acompanhar a mobilidade dos clientes", explica o executivo.
Stefanoni assumiu a liderança da AmPm no último ano, depois de uma passagem de sete anos pela Extrafarma. Nesse período, novas iniciativas foram desenvolvidas e testadas na rede de 32 anos.
Inclusão de marcas parceiras no portfólio das unidades, redução de custos e um novo modelo de loja focado em prédios comerciais são algumas das estratégias que devem ganhar escala em 2024. Tudo isso com objetivo de aumentar o retorno dos franqueados.
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A AmPm oferece serviços de padaria, food service, mercearia, beer cave, entre outras comodidades. Em busca de incrementar o portfólio das unidades, a rede está firmando parceria com outras marcas.
Quase como um modelo store in store, as marcas parceiras, como Pizza Hut, Hot Dog no Nathan's, Oakberry e Mr. Cheney Cookies, passaram a oferecer seus produtos nas lojas de conveniência da rede.
"Por conta da escala da rede, nós conseguimos negociar o valor dos produtos com as marcas parceiras e trazê-las de forma mais vantajosa para dentro da operação", diz Stefanoni.
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A rede conta com quatro centros de distribuição próprios, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. No último ano, 44 mil toneladas de insumos foram transportados para abastecer as unidades.
Hoje, cerca de 80% do portfólio dos franqueados é distribuído pela cadeia logística da rede.
"Somos a única rede de lojas de conveniência que faz a própria distribuição dos produtos, o que é um grande diferencial competitivo para os franqueados", diz executivo.
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Longe dos postos de gasolina, a AmPm está testando um novo modelo de loja para condomínios comerciais, hospitais e universidades. Chamada de "AmPm Office", o modelo conta com duas unidades em São Paulo.
Stefanoni acredita que o novo modelo deve ganhar novas unidades próprias no próximo ano e posteriormente o modelo deve ser ofertado aos franqueados.
Com uma metragem maior do que as lojas tradicionais, o modelo office conta uma parceria com a Starbucks.
"Teremos a experiência Starbucks dentro da loja. É uma proposta bem bem diferenciada e completa. De novo nós estamos andando junto do cliente no momento da mobilidade", diz.
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