Negócios

Como a 1ª loja da GAP no Brasil é uma vitrine de seus planos

Espaço para roupas infantis, mais prazo de pagamento, variedade de preços – tudo estará em exposição na GAP que será inaugurada nesta quinta-feira


	Loja da GAP em Myeong-Dong: inauguração no Brasil será nesta quinta-feira (26), no Shopping JK Iguatemi 
 (SuzÿQuzÿ / Creative Commons)

Loja da GAP em Myeong-Dong: inauguração no Brasil será nesta quinta-feira (26), no Shopping JK Iguatemi  (SuzÿQuzÿ / Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 09h57.

São Paulo – Com os preços mais altos do que o de costume, a americana GAP abrirá as portas da primeira loja no Brasil amanhã (26). O local escolhido para ser o carro chefe da marca foi o Shopping JK Iguatemi, na zona sul de São Paulo.

Lançada em 1969 em São Francisco, Estados Unidos, a marca ficou famosa por oferecer o chamado american casual style. Apesar de ser uma sensação entre os brasileiros que viajam para os Estados Unidos, a GAP levou 44 anos para desembarcar no Brasil.

A situação mudou após os planos de expansão da GAP pela América Latina. Lojas foram abertas no Chile, Uruguai, Panamá, Colômbia, Peru e Mexico. Agora, após seis anos de estudo, chegou a vez do Brasil.

Segundo Stefan Laban, vice-presidente sênior da varejista, além da loja no Shopping JK Iguatemi, os clientes encontrarão a GAP no Morumbi Shopping, com inauguração prevista para outubro, também em São Paulo; Barra Shopping, no Rio de Janeiro e Barra Sul, em Porto Alegre.

A expectativa é que a varejista caia nas graças da geração Y das classes A, B e C e cresça no período de cinco anos, para ser introduzida, também, no nordeste e centro-oeste do país.


Mercado brasileiro

Para Stefan Laban, a loja veio ao país em uma boa hora. “O Brasil é um mercado em potencial para nós. A classe média continua crescendo, as pessoas são fashion, ligadas e preocupadas com a moda; não poderia ser melhor”, garante.

Com o nome e marca consolidados entre os brasileiros, já que estão entre os cinco maiores grupos de consumidores da rede, por nacionalidade, nas lojas dos Estados Unidos, a GAP buscou também novas estratégias para atrair mais clientes por aqui. Uma delas é a aposta em produtos para o público infantil.

Mesmo que o alvo da marca sejam pessoas entre 18 a 30 anos, a marca investiu na moda infantil e reservou uma ala voltada para as crianças na loja a ser inaugurada nesta quinta.

“Notamos o espaço que o mercado oferece para este público. Ou as roupas são caras, ou muito baratas e sem qualidade. Viemos para oferecer aos consumidores o meio termo: preços acessíveis e produtos de qualidade”, explica.

Quando indagado sobre possíveis concorrentes Laban afirma: não viemos ao Brasil brigar com nenhuma marca. Segundo ele, apesar de trocar as coleções ao longo das semanas, a GAP não segue a linha fast fashion, como a Zara, a inglesa Top Shop e a Forever 21.

O diferencial, de acordo com Laban, será entregar um produto com mais qualidade e durabilidade.


A loja

Ao entrar nas dependências da GAP no Shopping JK o cliente encontrará a mesma disposição de peças que há em lojas de outros países. O caso é intencional: a marca deseja que o consumidor sinta que a GAP é igual no mundo inteiro.

No entanto, o mesmo não se aplica ao valor das roupas e acessórios. Indagado sobre os altos preços oferecidos no Brasil, Laban explica que os impostos, a alta do dólar e o fato dos produtos serem importados de Hong Kong, centro de distribuição da empresa, poderão influenciar no custo da peça.

Porém, argumenta que a marca buscou maneiras para amenizar o valor. Uma medida encontrada para agradar a todos foi a forma de pagamento: a marca vai oferecer aos clientes o pagamento parcelado em até 5 vezes sem juros. “Queremos ser uma marca para muitos, não para minoria”, assegura.

Segundo ele, quando houve intenção de trazer a GAP ao Brasil, a Blue Bird, parceira da marca no país, e a própria varejista estudaram o mercado para avaliar onde se encaixariam. O objetivo não é levar a marca para o mercado de luxo, e sim atingir o meio termo.

As roupas se adequarão ao bolso do consumidor a partir do acompanhamento que a marca fará com seu público alvo. Laban indica que o cliente encontrará, ao mesmo tempo, peças com preços elevados e outras mais em conta: “nosso principal objetivo é ser democrático e acessível”.

A GAP é uma marca homônima da Gap Inc, que inclui, também, a Banana Republic, Old Navy, Piperlime, Athleta e Intermix, as quais estão disponíveis em mais de 90 países. Em 2012, as vendas líquidas da varejista alcançaram o valor total de 15,7 bilhões de dólares. Com o apetite dos jovens brasileiros pela marca, a tendência é que o país ajude a engordar esses números.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpresasEmpresas americanasGapIndústria de roupasModaShopping centersVarejo

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões