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Comida vindo dos céus? iFood recebe aval para testar entrega por drone

Previsão é de que os primeiros voos experimentais sejam realizados em outubro, mas os drones não farão entregas nas casas dos clientes. Pelo menos ainda

Entrega do iFood: Autorizações da Anac para operar em larga escala dependerão em parte dos resultados desta primeira fase da operação (Divulgação/Reuters)

Entrega do iFood: Autorizações da Anac para operar em larga escala dependerão em parte dos resultados desta primeira fase da operação (Divulgação/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 11h08.

Última atualização em 12 de agosto de 2020 às 12h08.

A plataforma de encomendas de refeições por aplicativo iFood recebeu aval da Agência Nacional Aviação Civil (Anac) para voos experimentais com drones, que serão usados num modelo híbrido com outros modais para reduzir o tempo das entregas.

A previsão é de que os primeiros voos experimentais sejam realizados em outubro. Mas os drones não farão entregas nas casas dos clientes. Pelo menos ainda. Por ora, a tecnologia fará a primeira parte da rota das entregas, que será finalizada por um entregador com moto, bike ou patinete.

Uma primeira etapa do uso de drones será feita na cidade de Campinas, interior paulista. Uma rota de 400 metros entre a praça de alimentação em um shopping center e uma estrutura dentro do iFood no empreendimento vai roteirizar os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, um trecho que percorrido a pé leva 12 minutos, segundo a empresa. A partir daí, a última parte do trajeto é feito pelos entregadores.

"Nosso objetivo primário é utilizar o drone para trazer mais eficiência para a operação logística", disse à Reuters o vice-presidente de Logística do iFood, Roberto Gandolfo.

Uma segunda rota de voo também em caráter experimental fará o trajeto de 2,5 quilômetros entre o centro do iFood no shopping e um complexo de condomínios próximo. A expectativa é de que o percurso seja feito em 4 minutos com drone, em vez dos 10 minutos pelos modais usados hoje.

O movimento acontece no momento em que estabelecimentos como restaurantes e bares buscam cada vez mais o comércio eletrônico como meio de aliviar a grave perda de receita após ficarem fechados nos últimos meses em meio às medidas de isolamento social para combater o avanço da pandemia da Covid-19.

Segundo o iFood, o número de restaurantes cadastrados no serviço subiu de cerca de 160 mil em março para 212 mil em junho, enquanto o número de entregas mensais feitas passou de 30 milhões para 39 milhões no período.

Autorizações da Anac para operar em larga escala dependerão em parte dos resultados desta primeira fase da operação. Mas o iFood já mapeou cerca de 200 cidades no Brasil onde poderá replicar o modelo, se ele se mostrar bem sucedido.

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