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Começam as ações individuais na Justiça contra a Vale no caso Brumadinho

Família que perdeu quatro parentes aciona mineradora e pede R$ 10 milhões de indenização por vítima

Brumadinho: mais de 200 pessoas morreram e 69 continuam desaparecidas (Washington Alves/File photo/Reuters)

Brumadinho: mais de 200 pessoas morreram e 69 continuam desaparecidas (Washington Alves/File photo/Reuters)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 21 de abril de 2019 às 14h43.

Última atualização em 21 de abril de 2019 às 14h48.

São Paulo — Começaram as ações individuais na Justiça contra a Vale no caso Brumadinho. Uma família que perdeu quatro membros no desastre acionou a mineradora judicialmente e pleiteia uma indenização de 10 milhões de reais por vítima, totalizando 40 milhões de reais.

As vítimas estavam na Pousada Nova Estância no momento em que a barragem da Mina do Córrego do Feijão se rompeu, em janeiro deste ano. A pousada foi completamente inundada por lama tóxica. 

A família acredita que a ação reparatória de danos morais poderia trazer o competente caráter punitivo à Vale e educativo também.

A petição foi apresentada ao Juiz de Direito do Foro da Comarca de Brumadinho, no Estado de Minas Gerais, pelos advogados Roberto Delmanto Jr. e Paulo Thomas Korte.

Os autores também pleiteiam na ação que, durante 20 anos, em todas as entradas públicas da empresa, no Brasil ou no Exterior, haja uma foto de seus entes, vítimas do desastre, com um pedido público de desculpas.

Os autores do processo contra a Vale pretendem, caso vençam a ação, empregar a maior parte dos valores indenizatórios para criar uma fundação.

Brumadinho

Três anos após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que deixou 19 mortos e um grande prejuízo ambiental, a Vale voltou a protagonizar outro desastre no início de 2019.

Em janeiro deste ano, o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), deixou 224 mortos. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 69 pessoas continuam desaparecidas.

As sirenes de segurança, que deveriam alertar para um possível risco de rompimento da barragem com tempo hábil para que as pessoas da região pudessem se abrigar, não foram acionadas.

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