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Varejistas esperam multiplicar vendas com Black Friday

Mais preparadas, as empresas divulgam suas expectativas para a data, tanto para as lojas físicas quanto virtuais


	Black Friday: mais preparadas, empresas divulgam expectativas para a data, tanto para as lojas físicas quanto virtuais
 (Getty Images)

Black Friday: mais preparadas, empresas divulgam expectativas para a data, tanto para as lojas físicas quanto virtuais (Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 16h40.

São Paulo - Há alguns anos, Black Friday era um evento estritamente americano. Hoje, grandes nomes do varejo aderiram à data e oferecem grandes descontos em preparação para o Natal. Para alguns lojistas, a data está se tornando a mais importante do ano, em termos de vendas e faturamentos.

O evento ainda é desconhecido do brasileiro. Uma pesquisa da consultoria Hello Research mostra que 3 entre 4 brasileiros não sabem o que é Black Friday e, desses, apenas 28% já fizeram alguma compra.

Ainda assim, as empresas estão confiantes com o potencial da data que, mesmo próxima do Natal, não diminui o movimento no fim do ano. “Vemos que não há migração de compras nem sobreposição de data”, afirmou Thiago Colares, gerente de marketing da Imaginarium.

As empresas se prepararam mais neste ano e, assim, as expectativas também aumentam, tanto para as lojas físicas quanto virtuais.

Vendas multiplicadas

A rede Walmart acompanha a data desde sua chegada ao Brasil. Em 2013, registrou a maior venda de eletrônicos realizada em um dia em toda a história do Walmart Brasil. Para este ano, pretende faturar 10% a mais.

Outra rede que acompanhou o crescimento da data é a Imaginarium, que aderiu em 2012, tanto em suas lojas físicas quanto online. “Vendemos bem no evento já em 2012”, afirma Colares. Para 2014, a empresa espera vender 50% a mais em relação ao mesmo dia do ano anterior.

A importância da data também cresce para o Extra. No ano passado, a rede vendeu três vezes a mais que um sábado normal. Para este ano, a expectativa é vender 15% a mais. "Estamos preparados para vender ainda mais que isso", diz Jorge Faiçal, diretor comercial da rede.

Os produtos mais buscados este ano estarão nas categorias de informática, eletrônicos e eletrodomésticos, segundo pesquisa da E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

No entanto, nem só de eletrônicos vive a Black Friday. A Giuliana Flores pretende vender em um único dia o equivalente a quatro dias normais, segundo Clóvis Souza, fundador da empresa. Diariamente, a empresa de entrega de flores recebe de 900 a 1100 pedidos.

Muito além de um dia

A Netshoes, maior e-commerce de artigos esportivos, resolveu exacerbar a data. Ao invés de oferecer promoções apenas no dia 28, a ação Black November terá descontos todo o mês.

Ainda que não divulgue expectativas, a Netshoes ressalta a importância do evento. “Hoje, o Black Friday é uma das datas mais importantes do ano para o varejo”, afirmou Renato Mendes, gerente de comunicação e marketing.

Outra empresa que antecipou as vendas foi a Dafiti. O e-commerce de moda iniciou os descontos na segunda-feira, 24, em sua ação Color Week. Em 2013, a Dafiti triplicou a sua média diária de vendas. Não satisfeita, a empresa espera vender sete vezes mais esse ano, segundo Malte Huffmann, sócio fundador.

Previsões animadoras

As previsões para o mercado são ainda mais animadoras. Segundo pesquisa da E-bit, o faturamento do comércio eletrônico deve ser 56% maior que em 2013.

Em sua quarta edição, as vendas nas lojas online devem chegar a R$ 1,2 bilhão. A consultoria prevê que os brasileiros gastem um tíquete médio de R$ 355, totalizando 3,37 milhões de pedidos.

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