VW: 8,5 bilhões de investimentos no Brasil (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2012 às 20h42.
São Paulo – A montadora alemã Volkswagen terá algumas dificuldades no final de 2011. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Thomas Schmall, o crescimento do mercado ficará em torno de 5% -- abaixo dos 7% previstos – e afetará a Volks. “Vamos fazer ajustes fortes na produção nessa reta final do ano”, disse ele, sem detalhar números, em entrevista coletiva, durante a apresentação no novo Design Center da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). A montadora produz atualmente 3.600 carros por dia.
Segundo a Anfavea, a produção entre as montadoras caiu 19,7% em setembro na comparação com agosto. Para Schmall, a retração é consequência das medidas do governo. “Isso foi certo para segurar a inflação, mas o mercado automotivo sentiu o reflexo disso”, diz. Além da redução da produção, o presidente afirma que estuda dar férias coletivas aos funcionários neste final de ano, assim como aconteceu no mesmo período de 2010. Demissões estão descartadas.
Maré baixa, investimento em alta – Apesar dessa previsão menos otimista, a montadora anunciou recentemente investimentos de 8,5 bilhões de reais para o período de 2011-2016. Do total, 5,7 bilhões de reais serão investidos em novos produtos (Schmall não detalhou a quantidade, mas especula-se que o Up! esteja entre eles. Atualmente a empresa tem 22 carros no portfólio – cinco deles importados.
O restante do valor será destinado à modernização das fábricas de São Bernardo do Campo, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). Schmall conta que negocia com seis estados brasileiros – “São Paulo, Paraná e algum da região nordeste é o que posso dizer”.
O presidente disse que a região que a montadora tem mais potencial para crescer é a nordeste. Por essa lógica, a nova fábrica – que receberia 1 bilhão de reais em investimentos, valor fora do anunciado --, poderia se estabelecer no nordeste. Schmall rebate: “Essa é apenas uma das características. Tenho que ver a cadeia de fornecedores e os incentivos fiscais de cada estado”.