Negócios

Com lucro em alta, Vivara diz estar pronta para ir às compras

Capitalizada, a empresa se prepara agora para colocar na rua uma estratégia de consolidação - poderá, desta forma, fazer a primeira aquisição de sua história.

Vivara: fundador, Nelson Kaufman, não estava mais à frente da gestão executiva há mais de 10 anos (Vivara/Facebook/Reprodução)

Vivara: fundador, Nelson Kaufman, não estava mais à frente da gestão executiva há mais de 10 anos (Vivara/Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 18h55.

Última atualização em 16 de agosto de 2021 às 10h49.

Quase dois anos depois de abrir seu capital, a Vivara continua a ser única representante do setor de joias na Bolsa. Em meio à pandemia de covid-19, que deixou as pessoas em casa, a companhia conseguiu crescer. Uma das razões é que a classe A deixou de gastar com viagens internacionais, direcionando a renda para outros produtos de valor agregado.

Capitalizada, a empresa se prepara agora para colocar na rua uma estratégia de consolidação - poderá, desta forma, fazer a primeira aquisição de sua história.

Em seu balanço, a empresa fundada há 40 anos por Nelson Kaufman diz dominar 14,7% do setor no País, bem à frente das rivais mais próximas. A estimativa é de que a dinamarquesa Pandora e a HStern tenham cerca de 2% de participação cada.

No segundo trimestre, a Vivara viu seu lucro líquido atingir R$ 81,7 milhões, mais do que dobrando em relação ao mesmo período de 2019, ainda antes da pandemia. Na comparação com 2020, a companhia conseguiu reverter um prejuízo. Em um ano, a empresa diz que seu domínio de mercado avançou 3 pontos porcentuais.

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Otavio Chacon Lyra, a companhia já discute internamente a realização de aquisições. "O setor é dominado por empresas familiares, em um mercado muito fragmentado. Isso está no radar de todos, incluindo investidores financeiros. De qualquer ângulo, a consolidação faz sentido."

Lyra diz que a Vivara deve adquirir uma empresa que as aquisições podem ser de joalherias, mas também se estender a áreas como meios de pagamentos e logística. O assunto "M? em julho, vieram mais 8. "A expansão potencial da Vivara é muito grande. A participação em shoppings ainda tem muito a crescer", diz.

Outra importante via que vem sendo explorada é da Life, focada em prata, que se tornou uma operação independente. Com um tíquete mais baixo do que o das joias em ouro, a Life atraiu os jovens, que costumam comprar com mais frequência.

Vantagens

O presidente da Sociedade Brasileiro de Consumo e Varejo (SBCV), Eduardo Terra, aponta que a Vivara entrou na pandemia bem estruturada após o IPO, conseguindo aproveitar um momento em que a cesta de consumo dos mais ricos mudou com a restrição de viagens internacionais. Segundo ele, além disso, a Vivara se digitalizou rapidamente.

O terceiro fato que ajudou o negócio durante o isolamento, diz o especialista, foi um ambiente em que os competidores diretos enfrentam dificuldades - deixando o caminho livre para que ela ganhasse terreno.

  • Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

 

 

Acompanhe tudo sobre:B3BalançosEXAME-no-InstagramFusões e AquisiçõesVivara

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'