Itaú: melhora no quarto trimestre deve seguir a toada do ano: uma redução das despesas com provisões para calotes no crédito (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 05h50.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 07h18.
Depois de Santander e Bradesco chegou a vez de o maior banco privado do país publicar seus resultados do quarto trimestre, nesta segunda-feira.
O lucro do Itaú deve subir 7% na comparação com o quarto trimestre de 2016, para 6,24 bilhões de reais. A melhora no quarto trimestre deve seguir a toada do ano: uma redução das despesas com provisões para calotes no crédito.
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O Santander apresentou uma forte alta de 38,4% no lucro do quarto trimestre, que foi de 2,75 bilhões de reais. O lucro do banco no ano chegou a um recorde de 9,95 bilhões de reais.
O Bradesco teve um aumento de 10,9% no lucro, para 4,86 bilhões de reais. O banco, no entanto, decepcionou com as provisões contra calotes, que subiram 21%, indo contra a tendência do setor.
Se os resultados do Itaú e de outros bancos vierem como o esperado, o lucro dessas instituições deve ter crescido cerca de 20% em 2017, após uma queda de quase 20% em 2016 na comparação com 2015.
Ou seja, os eficientes bancos brasileiros conseguiram sair da maior crise econômica da história do país com a saúde financeira inabalável.
Para 2018, o desafio é manter o ritmo de crescimento, com uma estratégia já voltada para um ano de expansão econômica com menos inflação e menor taxa de juros.
O banco BTG Pactual estima um crescimento de 11% no lucro dos bancos brasileiros em 2018. Isso porque a margem financeira dos bancos está ficando mais baixa com a queda na Selic.
Para compensar, as instituições precisam acelerar a retomada na concessão de crédito. Para lucrar mais em 2018, não vai dar para ficar parado. Dinheiro para investir não há de faltar.