Saneamento: juntas, 10 companhias do nicho tiveram receitas de 7,82 bilhões de reais no segundo trimestre (Thinkstock)
Luísa Melo
Publicado em 6 de setembro de 2016 às 14h11.
São Paulo - O setor de saneamento vive um momento de euforia. As receitas, lucros e margens do segmento atingiram em junho os melhores resultados dos últimos dez trimestres – e a Sabesp tem um grande peso nesses números.
O levantamento foi feito pela Economatica e considera as dez empresas de água e esgoto que reportaram dados em todos os períodos analisados.
Quatro delas têm ações na BM&FBovespa (Sabesp, Copasa, Sanepar e Casan). As demais (Cedae, Cia de Água e Esgoto do Ceará, Cia Riograndense de Saneamento, Aegea Saneamento, Senasa e Sanesalto) não são listadas, mas publicam demonstrativos na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) porque emitem algum tipo de instrumento financeiro no mercado.
Juntas, essas dez companhias tiveram uma receita líquida operacional de 7,82 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 17,6% frente ao mesmo período de 2015 e de 3% frente a março.
A margem líquida trimestral do setor também cresceu bastante nos últimos dois trimestres e chegou a 13,41% em junho.
Entretanto, se retirada a Sabesp dos cálculos, o nicho apresenta leve queda nas receitas (de 4%) na comparação trimestral.
A empresa de saneamento do estado de São Paulo respondeu por 43,94% do faturamento total das empresas em junho, com 3,43 bilhões.
No critério margem líquida, porém, ela perdeu para a Sanepar, do estado do Paraná, com 23,87%, ante 23,19% da rival.
O lucro líquido do setor também foi recorde no segundo trimestre e atingiu 1,31 bilhão de reais. Em setembro de 2015, o pior momento, havia sido registrado um prejuízo de 456 milhões de reais.
A Sabesp, sozinha, representou 60,8% desse valor, com ganhos de 797,5 milhões de reais em junho.
De todas as empresas avaliadas, apenas a Sanesalto teve prejuízo no segundo trimestre, de 571 milhões de reais. Veja o gráfico:
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Dívida e Caixa
Responsável por boa parte do faturamento e lucro do setor de saneamento, a Sabesp também carrega metade dos passivos da área, com dívida bruta de 11,7 bilhões de reais e dívida líquida de 10,4 bilhões de reais em junho. Por outro lado, também tem metade do caixa (de 1,3 bilhão de reais).
Nos últimos dois trimestres, as companhias reduziram os encargos. O caixa também encolheu. Veja abaixo:
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