Genéricos: venda desse tipo de medicamentos ajudou a Hypermarcas a atingir a liderança em fármacos (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h14.
São Paulo – A Hypermarcas tornou-se, em março deste ano, a maior empresa do segmento de produtos farmacêuticos do Brasil, levando-se em conta a participação de mercado.
De acordo com Cláudio Bérgamo, presidente executivo da empresa, a companhia atingiu participação de 9,9% no primeiro trimestre de 2014, um recorde para o período que a coloca em segundo lugar no ranking.
Mas nos números de março, a Hypermarcas já atingiu a liderança.
“Nosso objetivo, agora, é nos distanciarmos dos concorrentes”, afirmou Bérgamo, em teleconferência com investidores sobre os resultados do primeiro trimestre de 2014.
A empresa registrou aumento de receita de 10,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo 1,05 bilhão de reais.
No setor Farma, que envolve a fabricante de genéricos Neo Química e marcas como Merthiolate, Doril e Gelol, a Hypermarcas cresceu 12,5%. No setor consumo, que envolve produtos de higiene pessoal de marcas como a Bozzano e a Cenoura & Bronze, o crescimento foi de 7,5%.
“A demanda por nossos produtos farma cresceu 23,5%, contra 15,8% do mercado”, afirmou Maritm Mattos, diretor financeiro da companhia.
O foco em fármacos foi uma política adotada pela Hypermarcas há alguns anos e foi refletido em seu investimento em marketing. Enquanto a empresa soltou cinco campanhas publicitárias para seus produtos de consumo no primeiro trimestre, ela soltou 15 para os fármacos.
Planos
A Hypermarcas passou por um longo processo de reestruturação de suas fábricas e linhas de distribuição, que teve fim no início deste ano. “Agora, com a nova estrutura e com o setor farma indo bem, o objetivo é fazer crescer a linha consumo também acima do mercado”, afirmou Bérgamo.
De acordo com o presidente da empresa, o mercado começa a experimentar um “trade down”, isto é, os consumidores estão deixando de buscar marcas premium e estão se voltando para boas marcas com preços mais acessíveis.
“Essas mudanças são lentas, mas elas podem beneficiar nossos produtos”, diz o executivo. Para o segundo trimestre, porém, é difícil prever os resultados, por conta da Copa do Mundo.
“Pode ser que o Mundial incentive o consumo, pode ser que não. Pode ser que tenhamos problemas de abastecimento, por exemplo, ou que manifestações afastem as pessoas das lojas, não temos como saber”, afirma Bérgamo.