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Com ex-Azul, Mr. Cheney vai além dos cookies em busca dos R$ 78 milhões

Franquia de cookies aposta em "cardápio de cafeteria" para aumentar a recorrência de compra

Johannes Castellano, CEO do Mr. Cheney (divulgação/Divulgação)

Johannes Castellano, CEO do Mr. Cheney (divulgação/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 06h06.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 08h09.

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A rede de franquias Mr. Cheney, pioneira das lojas de cookies no Brasil, está ampliando seu mix de produtos de olho em um novo público e em horários de consumo diferentes. A marca adotou o portfólio de uma cafeteria, mas o carro chefe segue sendo a linha de cookies.

As lojas contam com opções salgadas e bebidas mais variadas, como omelete, milkshakes, sorvetes, e uma linha de salgados como coxinhas, quibes e bolinhos de queijo. Com o reposicionamento, a rede planeja faturar R$ 78 milhões em 2024.

À frente da expansão da marca está Johannes Castellano, um dos CEO do Mr. Cheney. Ele também é fundador da Azul Linhas Aéreas. Sócio da marca de cookies em 2010, ele assumiu o cargo de liderança da companhia em 2021.

A recente mudança no portfólio, segundo o executivo, faz parte de uma estratégia para aumentar a receita das franquias e oferecer mais opções ao longo do dia.

"Nosso produto antes focava apenas em doces e cafés, o que limitava o consumo em alguns horários. Por exemplo, poucas pessoas escolhem doces pela manhã ou perto do almoço," diz Castellano.

A estratégia de adotar o "cardápio de cafeteria" não é por acaso. De acordo com a ABF, o número de operações de café cresceu 32% nos últimos quatro anos no Brasil, chegando a 2420 unidades. No mesmo período, onze novas marcas entraram no mercado. As redes Mais1Café e Cheirin Bão já aparecem entre as 50 maiores franquias do país.

Com os novos itens, a rede estima um aumento de 10% a 20% na receita das unidades, dependendo da localização de cada loja. Com investimento inicial a partir de R$ 270.000, o faturamento médio mensal de uma loja hoje é de R$ 80.000.

O plano é abrir 100 lojas físicas e chegar a 500 pontos de venda no modelo de parcerias em 2025, ampliando a presença da marca em diversas regiões do Brasil.

Como o Mr. Cheney foi criado

Fundado em 2005 por Lindolfo e Elida Paiva, o Mr. Cheney nasceu da receita especial de cookies ensinada pelo americano Jay Cheney, que inspirou o nome da marca. A primeira loja foi aberta na Casa Verde, em São Paulo.

Com o diferencial de sempre ter cookies recém-assados (conceito fresh baked), as lojas se diferenciam ao oferecerem uma nova fornada a cada 20 minutos.

A rede se expandiu para mais de 80 unidades em todo o Brasil. Além dos cookies, o cardápio também inclui sobremesas típicas americanas, como cheesecakes e panquecas, e bebidas como frapês e sodas.

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Quem é o executivo que lidera o negócio

À frente da expansão da marca está Johannes Castellano, um dos CEOs do Mr. Cheney. Com uma carreira marcada pelo empreendedorismo, Castellano, hoje com 57 anos, atuou como sócio em uma empresa de tecnologia e consultoria por 22 anos.

Ao lado do empresário David Neeleman, ele fundou a Azul Linhas Aéreas. Anos depois Castellano participaria dos processos de fusão entre a Azul e a Trip Linhas Aéreas, consolidando a posição da empresa na aviação brasileira.

Em 2021, após um período sabático em missões religiosas, Castellano, que já era sócio da Mr. Cheney desde 2010, aceitou o convite de Lindolfo Paiva para ingressar no como Co-CEO e sócio da marca.

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Com a visão de expandir o Mr. Cheney, Castellano introduziu novos produtos e formatos de loja, como o modelo store-in-store, que permite a venda de produtos Mr. Cheney em outros estabelecimentos.

"Já somos reconhecidos pela qualidade de nossos produtos, mas queremos nos destacar também pelo atendimento ao cliente. O foco é que nossa experiência de compra seja tão única quanto o sabor dos nossos cookies", diz Castellano.

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