Negócios

Com diplomacia, Alibaba quer ampliar vendas entre países

A plataforma Juhuasuan está firmando parcerias com embaixadas de 26 países, incluindo o Brasil, para estreitar as relações entre eles e a China


	Alibaba: plataforma firmou parcerias com 26 países, incluindo o Brasil, para estreitar as relações entre eles e a China
 (Reuters)

Alibaba: plataforma firmou parcerias com 26 países, incluindo o Brasil, para estreitar as relações entre eles e a China (Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de julho de 2015 às 15h13.

São Paulo - Através de uma de suas plataformas, o grupo Alibaba quer melhorar relações diplomáticas com outros países, divulgar os produtos locais no mercado chinês e ampliar as vendas internacionais.

A plataforma Juhuasuan, que pertence ao grupo Alibaba e já é um dos maiores marketplace da China, está firmando parcerias com embaixadas de 26 países, incluindo o Brasil, para estreitar as relações entre eles e a China.

Esse é um dos passos para alcançar um trilhão de dólares em transações em cinco anos, dois bilhões de consumidores e 10 milhões de pequenas empresas, na China e no mundo, um dos objetivos de Jack Ma, fundador do Grupo Alibaba.

Em entrevista exclusiva a EXAME.com, Pamela Munoz, gerente internacional de relações corporativas, afirmou que, com essas parcerias, "marcas, empresas e indústrias podem atingir a classe média chinesa, que está crescendo e explorando produtos de qualidade de todo o mundo”.

São mais de 300 milhões de consumidores acessando as plataformas chinesas.

Os países parceiros da plataforma são os Estados Unidos, Canada, Rússia, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Itália, Japão, Austrália, Tailândia, Bulgária, Ucrânia, Grécia, México, Cingapura, Finlândia, Indonésia, Noruega, a República Checa, Costa Rica, Chile, Nepal, Israel, África do Sul, Malásia e, claro, o Brasil.

Em março deste ano, a diretora já havia afirmado a EXAME.com que ampliar as vendas brasileiras para a China e aumentar a velocidade de entrega estavam nos planos da companhia. “Queremos que, cada vez mais, marcas e empresas brasileiras entrem na China”, disse.

Alex Tsai, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios para a América Latina do Alibaba.com, também havia vindo ao Brasil para estimular pequenas e médias empresas brasileiras a vender para a China.

Para ele, “o país está se encaminhando a outro nível. Tenho um sentimento de que há o potencial de surgir um novo Jack Ma no Brasil”.

Logística

Segundo Pamela, a logística ainda é o maior desafio para o comércio eletrônico em todo o mundo. No entanto, ao trabalhar com as embaixadas e alavancar as rotas e laços já existentes, a companhia acredita que é possível melhorar o tempo de entrega dos produtos.

A rede de logística do próprio grupo também irá trabalhar com os governos para ajudar a levar os produtos para a China “e entregá-los nas portas dos consumidores, em todas as partes da China”.

Resultados

Já é possível vislumbrar alguns resultados. No início do ano, a plataforma Juhuasuan trabalhou com floristas no Equador em uma campanha no Dia de São Valentim.

Em menos de três dias, quase 3.000 rosas foram vendidas, enviadas do país latino-americano para a China e entregues nas portas dos consumidores, conta a diretora.

No Brasil, no começo do ano, o Alibaba fez uma ação para conscientizar empreendedores brasileiros a venderem para a China e incentivá-los a aproveitar feriados chineses, como o Ano Novo.

Agora, o Grupo Alibaba assinou um acordo com os Correios, para promover e facilitar o comércio internacional bilateral.

O acordo foi assinado no Palácio do Planalto, com a presença dos presidentes Dilma Rousseff e Xi Jinping, além dos executivos Wagner Pinheiro de Oliveira, dos Correios, e Michael Lee, do Alibaba.com.

A plataforma

A Juhuasuan é um dos maiores negócios do Grupo Alibaba e foi lançada em março de 2010, como uma divisão do Grupo Alibaba.

A plataforma, disponível apenas em chinês, agrega produtos de vendedores tanto do Tmall.com quanto do Taobao Marketplace em uma única oferta, por tempo limitado. Quase todos os consumidores da plataforma são chineses ou falantes da língua.

 
Acompanhe tudo sobre:AlibabaÁsiaChinaComércioComércio exteriorCorreiose-commerceEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas chinesasEmpresas estataisEntrevistasEstatais brasileirasFutebolInfraestruturaJack MaLogísticaParcerias empresariaisParcerias público-privadasServiços

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU