São Paulo - Cada vez mais, pessoas guardam dados sigilosos na nuvem, transferem dinheiro e pagam contas pela internet. Fazer com que essas transações sejam mais seguras e que esses dados estejam à prova de roubo é um dos trabalhos da Datablink.
O mercado é imenso. Em 2015, foram feitas 38,5 bilhões de transações em comércio eletrônico e 19 bilhões em internet banking no Brasil.
Este ano, a empresa prepara sua internacionalização para levar seus produtos e soluções para a Ásia e América do Sul, além de expandir sua atuação por aqui, conquistando clientes além do setor bancário.
A empresa, que nasceu no Brasil, fabrica dispositivos de segurança e soluções de autenticação para clientes como Bradesco, Santander, Telefônica, Cielo, Vivo, Totvs, Azul, FGV, Porto Seguro, Usiminas, entre outros.
Inicialmente criada como BRToken, ela fundiu-se à Datablink, companhia norte-americana, em 2014. Dessa forma, a companhia brasileira transferiu suas ações para os Estados Unidos, ganhou um sócio estrangeiro e gás para crescer.
Conquistar novos setores e vender para a Ásia são alguns dos planos da empresa, que cresceu 30% em faturamento e 10% em número de clientes em 2015 e irá investir 2,5 milhões de dólares em 2016.
César Lovisaro, vice-presidente da empresa, é otimista com o avanço da companhia em 2016, mesmo em um momento de crise econômica. Para ele, as empresas continuarão a investir em tecnologia da informação, uma vez que tornar dados e transações seguros é cada vez mais importante.
Quem usa o serviço
Há, hoje, mais de 5 milhões de tokens físicos da Datablink no Brasil. Os maiores clientes são os bancos, como Santander e Bradesco.
Primeiro, os dispositivos foram oferecidos a empresas, que fazem transações e pagamentos de grandes somas. Depois, os correntistas mais premium ganharam o aparelho.
Agora, a Datablink quer ampliar ainda mais sua atuação no setor bancário. “Queremos que todos usem o dispositivo, tanto pessoas jurídicas quanto físicas”, diz Lovisaro.
No entanto, há um número limitado de bancos no Brasil que podem se tornar clientes da companhia. Por isso, ela busca atrair outras empresas interessadas em proteger seus dados, não apenas transações financeiras.
O dispositivo pode ser usado para permitir que apenas alguns funcionários acessem certos documentos. A Totvs é uma das empresas que usa o dispositivo, para evitar fraudes, assim como Porto Seguro, Azul, Boticário, entre outros clientes.
Ampliar horizontes
Quando a BrToken se fundiu à Datablink, a companha ganhou um novo sócio. Shlomi Yanai, entrou para profissionalizar a empresa e, ainda que os dois sócios enfrentem choques de cultura, a união fez com que Lovisaro olhasse mais para fora.
Em 2016, a Datablink irá explorar uma nova fronteira: levar seus dispositivos para o exterior, como América do Sul e Ásia. Filipinas, Taiwan, Cingapura e Tailândia já estão no radar, diz o vice-presidente. Para ele, é mais fácil expandir para esses países uma vez que “os problemas de segurança bancária e de dados são parecidos”.
A empresa está firmando parcerias com distribuidores asiáticos, que irão revender os dispositivos por lá. A primeira aposta é conquistar bancos, assim como aconteceu no Brasil. “O setor financeiro é o que mais precisa de segurança e é o mais carente nesse aspecto”, diz ele.
Porém, apesar do sócio norte-americano, a empresa não pensa em entrar nos Estados Unidos por enquanto. “Eles não estão preparados para nós”, diz ele, criticando a segurança bancária do país.
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1. Grandes projetos
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1/14 (REUTERS/Edgar Su)
São Paulo - O início de ano é, para todos, momento de fazer
planos e traçar
metas. Para as empresas não é diferente, ainda mais em um 2016 que promete ser desafiador. Novos modelos de negócio, aberturas e fechamentos de unidades estão entre as
resoluções de grandes companhias no Brasil e no mundo. A Saint-Gobain, fabricante de materias, anunciou duas aquisições, por exemplo. Já o frigorífico Minerva e a Volkswagen disseram que vão focar em aumentar suas exportações. Mudanças nos canais de venda estão nos planos da Natura e da marca de smartphones Quantum. Veja esses e outros projetos de grandes
empresas para 2016.
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2. Investir melhor
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2/14 (Divulgação/IAA)
A crise do mercado automotivo que abalou as montadoras em 2015 não será resolvida em 2016. Mesmo assim, a
Nissan lançou um
plano de negócios de 750 milhões de reais em três anos para avançar no segmento de SUVs, com o lançamento do Kicks. O veículo será produzido na fábrica de Resende (RJ) e chegará ao mercado ainda este ano. A
montadora prevê adicionar 600 empregos à atual equipe de 1.500 funcionários até o pico do projeto. Outro carro produzido nessa fábrica é o Versa – até ano passado, a produção era no México. A mudança fez com que as vendas
crescessem 25%. A montadora ainda vai investir 3 milhões de reais em melhorias. Entre elas está a importação de novos robôs Japão, responsáveis por aplicarem diretamente tinta nas peças.
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3. Desbravar caminhos
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3/14 (Paul J. Richards/AFP)
A
Volkswagen passou por maus bocados em 2015. Abalada pelo escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes, a montadora viu suas vendas caírem no Brasil e no mundo. Foi a primeira queda mundial nas vendas desde 2002. Para tentar compensar os negócios no Brasil e achar novos mercados para seus produtos, ela vai começar a
exportar o Up! para o Peru a partir do primeiro trimestre de 2016. Produzido na fábrica da montadora em Taubaté, no interior de São Paulo, o modelo já é exportado para Argentina, Uruguai e México. A visão para o mercado externo é amparada pela depreciação do câmbio. Em 2015, a Volkswagen encerrou o ano com um
crescimento de 35% nas exportações.
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4. Emagrecer
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4/14 (Germano Lüders/EXAME)
A maior rede varejista do mundo está desenvolvendo um plano que a deixará com dezenas de lojas a menos - apenas as com bons resultados serão mantidas. O
Walmart anunciou uma reestruturação para fechar 269 lojas em vários países. Apenas nos EUA, a rede decidiu fechar 154 lojas, incluindo 102 do formato menor, Walmart Express, que vinham sendo testadas desde 2011. No Brasil, a companhia confirmou que já ocorreu o fechamento de 60 pontos de venda, que representam 5% do total das vendas no país. A
direção da rede por aqui também mudou. Flávio Cotini, atual vice-presidente de Finanças, foi promovido a presidente e CEO da operação no país. O atual presidente, Guilherme Loureiro, irá assumir a liderança do Walmart no México e América Central.
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5. Falar novos idiomas
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5/14 (Divulgação)
Segunda maior exportadora de carne bovina do Brasil, a
Minerva pretende se fortalecer na América do Sul e Oriente Médio. Ela quer estender sua presença na Colômbia e no Paraguai e projeta entrar na Argentina. O frigorífico busca aumentar suas exportações para a Arábia Saudita e estuda investimentos em processamento e distribuição na região. Para conseguir alcançar esses mercados, ela projeta captar até 1,56 bilhão de reais por meio de emissão de ações. Parte dos recursos será garantida pelo fundo soberano saudita Salic (Saudi Agricultural Livestock Investment Co. na sigla em inglês).
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6. Ir às compras
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6/14 (Divulgação)
O ano mal começou e a
Saint-Gobain já anunciou duas aquisições. O grupo de construção e materiais adquiriu a empresa SG Plásticos, de plásticos de alta performance, e a Industrial Potengy, especializada em argamassas colantes, comprada por meio da Weber. No Brasil, a empresa busca diversificar o portfólio, principalmente os itens da construção civil e industrial. Os planos também incluem investir 55 milhões de reais em um centro de Pesquisa e Desenvolvimento, localizado em Capivari, São Paulo, além de inaugurar quatro lojas da TelhaNorte, braço de varejo de construção do grupo.
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7. Ter mais foco
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7/14 (EXAME.com)
Para este ano, a
Lenovo investe em uma nova estratégia. Ela anunciou sua entrada no mercado brasileiro de smartphones, com o
lançamento da linha Vibe. Ao mesmo tempo em que desenvolve sua nova linha no Brasil, a companhia irá
deixar de usar a marca Motorola para celulares, que foi comprada do Google em 2014 por 2,91 bilhões de dólares. Aos poucos, a marca será
substituída por “Moto”. O setor de smartphones será o foco daqui para a frente, já que o segmento de computadores deverá se retrair 20% neste ano. A empresa também vendeu a CCE, de computadores, de volta para a família Sverner. A marca havia sido comprada da família em 2012 por 300 milhões de reais.
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8. Buscar reconhecimento
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8/14 (Divulgação/Quantum)
Criada dentro da
Positivo Informática, a marca de smartphones
Quantum foi lançada em setembro do ano passado e, até agora, era vendida apenas pela internet. O modelo de vendas online, que também é adotado pela fabricante chinesa Xiaomi, corta custos de intermediários e logística e, assim, permite um preço menor para o aparelho. Desde o lançamento, as vendas do Quantum Go, primeiro celular da linha, foram 20% acima do esperado. Para esse ano, a empresa irá adaptar sua estratégia. Ela terá 45 pontos de exposição e venda dos seus produtos, dentro de lojas da Riachuelo.
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9. Viajar mais
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9/14 (ThinkStock)
Enquanto 2015 foi um ano de comemoração para a ViajaNet, 2016 será de desafios e grandes planos. No ano passado, a agência de viagens online passou a operar no azul e conseguiu crescer 50%. Para 2016, a empresa pretende atingir vendas superiores a meio bilhão de reais, segundo Alex Todres, sócio e fundador. O crescimento começou em 2013, quando Paulo Nascimento assumiu como presidente da empresa e investiu em tecnologia, automação de processos e gestão. Nos últimos anos, o número de funcionários também caiu de 350 para 120. Uma das resoluções para o ano novo é melhorar sua atuação mobile. O canal já representa 20% das vendas e 40% do tráfego do site.
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10. Se expor mais
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10/14 (Divulgação / Natura)
Antes comercializados apenas por meio de vendas diretas, os cosméticos da
Natura chegarão às lojas físicas neste ano. O projeto já tinha sido mencionado em 2013, mas tinha permanecido na gaveta até agora. A empresa vai
abrir 10 unidades nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. "Neste primeiro ano, a ideia é fixar os conceitos, o modelo de lojas e fazer todos os testes necessários, principalmente sobre a reação do consumidor", disse o presidente da companhia, Roberto Lima. Segundo ele, a medida faz parte da estratégia de diversificação de canais da empresa, para voltar a crescer - ano passado, as vendas encolheram 5,6%. Além de dar maior exposição aos produtos, uma das metas é
atrair o público jovem das classes A e B. A mudança, no entanto, deve
produzir frutos apenas a partir do segundo semestre desse ano.
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11. Ser visionária
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11/14 (Divulgação)
Depois de diversas tentativas de fisgar o gosto dos jovens, entre mudanças no cardápio e atendimento, o
McDonald's parece ter encontrado uma solução. Em 2016, a rede de fast food irá reformar duas de suas lojas, para ficarem maiores e futurísticas. Uma delas já foi inaugurada em Hong Kong. Além de um visual baseado em concreto, vidro, aço inoxidável e carvalho, o cardápio oferece saladas e ingredientes como quinua e aspargos. A
maior unidade da rede, em Orlando, foi fechada para reforma. Antes com 1.114 metros quadrados, a nova versão terá 1.760 metros quadrados.
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12. Encorajar os outros
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12/14 (Divulgação)
Investir milhões em novas ideias está nos planos para 2016 do
MercadoLivre. A empresa de compra e venda anunciou que irá aplicar 10 milhões de dólares em startups por meio do seu fundo MeLi Fund. O objetivo, segundo o
jornal O Estado de S.Paulo, é encorajar a criação de novas tecnologias que possam melhorar a plataforma da companhia. A partir do dia 25 de janeiro, empreendedores dos 16 países onde o MercadoLivre atua poderão se inscrever para o processo seletivo.
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13. Fazer intercâmbio
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13/14 (Nelson Ching/Bloomberg)
Na mesma linha do MercadoLivre, a
Baidu é outra que planeja investir em novos negócios. A empresa de busca online afirmou que irá desenvolver startups de comércio eletrônico indianas, como Zomato, BookMyShow e BigBasket. O valor aplicado,
segundo a Forbes, deverá ser de 100 milhões de dólares. Para a companhia chinesa, "o mercado indiano representa uma enorme oportunidade para conectar mais pessoas com serviços e planejamos colocar mais recursos nisso no futuro",
disse porta-voz. Enquanto o crescimento do mercado de internet na China desacelera, a Índia é um país cada vez mais importante, com o crescimento da população e do acesso.
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14. Mudanças à vista
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14/14 (Thinkstock/Peshkova)