Cesar Gon, presidente e um dos fundadores da CI&T (CI&T/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 8 de junho de 2022 às 10h20.
Grandes empresas têm grandes desafios. Na busca por soluções mais completas, a multinacional brasileira CI&T anunciou na semana passada a compra da Box 1824, consultoria de tendências especializada em comportamento de consumo. Google, Nestlé, Vivo, Itaú e Boticário são algumas empresas que fazem parte do portfólio de clientes de ambas empresas.
Na Bolsa de Valores de Nova York desde o ano passado, a CI&T quer se tornar uma das principais empresas voltada para a digitalização de empresas. Com a aquisição da Box 1824, conhecida por identificar tendências de comportamento e elaborar planos estratégicos para seus clientes, a expectativa é potencializar os projetos globais.
A Box 1824 é reconhecida por sua metodologia própria chamada 3D, que detecta, decodifica e direciona tendências, sempre fornecendo novas diretrizes para conteúdos e produtos de olho nas tendências recentes e visando a geração Z.
Em entrevista à EXAME, Cesar Gon, CEO da CI&T, e Paula Englert, CEO da consultoria de tendências, falam sobre a aquisição.
Cesar Gon: A CI&T vêm de um processo de expansão e crescimento bastante acelerado que acumulou na abertura de capital no ano passado. Agora, estamos unindo nossa estrategia de crescimento orgânico com a aquisições de empresas em novos mercados e com novas competências.
O mundo corporativo está tentando correr atrás das mudanças digitais em duas frentes: possibilidades tecnológicas e análise de comportamento. A CI&T sempre focou na primeira parte. Com a chegada da Box, nós ampliamos a nossa capacidade de resolver os grandes problemas do século digital.
Nós vamos trabalhar juntos em soluções de grandes desafios dos nossos clientes. A Box continua independente e com liderança própria. O principal decodificador global de seu tempo vai continuar respirando futuro, tendências e hábitos. A estratégia 3D, que detecta, decodifica e direciona tendências, passa a ser 5D, com design e desenvolvimento da CI&T.
Paula Englert: Depois de crescer cerca de 50% nos últimos dois anos, nós sentimos vontade de estar mais presente globalmente e aumentar nossa capacidade tecnológica. A Box desenha as estratégias de oportunidades de negócios, mas materializa muito pouco. Agora, como parte da CI&T, poderemos oferecer a continuação da jornada até a implementação, além de ampliar nosso alcance.
Paula Englert: A relação da Box com jovens até 24 anos é intima e profunda. Entender o comportamento dos jovens é entender o futuro. Os jovens têm uma capacidade de adotar antes do que os mais velhos os novos comportamentos, porque tem menos responsabilidade e mais liberdade. Essa conexão faz com que essa geração tome mais riscos. Estudar a visão de mundo e o comportamento deles é uma forma de antecipar tendências e oportunidades para os nossos clientes.
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