São Paulo - Os investidores estrangeiros compraram, liquidamente, R$ 2,107 bilhões em ações brasileiras neste mês na Bovespa, até dia 11, segundo dados da BM&FBovespa. Esse é o saldo das compras e vendas de ações feitas pelos investidores externos, que já respondem por 51,7% do mercado brasileiro. Ou seja, de cada R$ 100 comprados ou vendidos em ações, R$ 51,70 é dinheiro de estrangeiro.

Com esse resultado, o saldo de compras de estrangeiros acumulado no ano na Bovespa chega a R$ 5,485 bilhões até dia 11 de abril. Mantido esse ritmo, este será o terceiro mês consecutivo de saldo positivo de estrangeiros na bolsa.

Estrangeiro puxa Ibovespa

Os investidores externos são apontados como responsáveis pela recuperação do Ibovespa, que subiu de 47.094 pontos no fim de janeiro para 51.596 pontos ontem. Já as pessoas físicas venderam liquidamente R$ 1,121 bilhão neste mês, elevando para R$ 2,681 bilhões o saldo negativo no ano, segundo dados da corretora UM Investimentos. Os investidores institucionais venderam liquidamente R$ 917 milhões neste mês e R$ 5,605 bilhões no ano.

Em 12 meses, os estrangeiros acumulam um saldo positivo de R$ 7,774 bilhões em compras de ações, enquanto as pessoas físicas são destaque na venda, com R$ 7,332 bilhões vendidos liquidamente. Os institucionais têm saldo negativo de R$ 6,015 bilhões em 12 meses, segundo dados da UM Investimentos.

Fatia maior de mercado

Enquanto os investidores locais se retraem, os estrangeiros ampliam sua presença. Em março, a fatia de mercado dos investidores externos era de 51,6%. No acumulado do ano, essa participação já atinge 49,9%, ante 43,7% em 2013, a maior já alcançada por esse tipo de investidor.

Já as pessoas físicas aumentaram ligeiramente sua participação no mercado, de 13,8% em março para 14,6% neste mês até dia 11. No ano, a fatia das pessoas físicas é de 13,7%, ante 15,2% de todo o ano passado.

Os investidores institucionais, por sua vez, reduziram a participação de 29,2% em março para 28,6% neste mês. No acumulado do ano, a fatia dos institucionais está em 30,2%, também abaixo dos 32,8% do ano passado.

As instituições financeiras reduziram sua fatia de 4,5% em março para 4,3% neste mês. No ano, elas acumulam 5% de participação no volume negociado, ante 7,4% no ano passado.