São Paulo – As histórias de "A Ilha Perdida", de Maria José Dupré, e "O Escaravelho do Diabo", de Lúcia Machado de Almeida, estão entre os relançamentos da coleção Vaga-Lume feitos em agosto pela Somos Educação (ex-Abril Educação).
Essa tradicional série de livros infanto-juvenis começou a ser publicada em 1972 pela editora Ática, que hoje é parte da Somos Educação. Todos os 70 livros da coleção serão revitalizados aos poucos. A ideia é que entre 10 e 15 títulos cheguem no mercado a cada ano.
Os livros, com sugestão de preços para o varejo de R$ 37,50, devem ter uma demanda 20% maior comparada aos demais paradidáticos vendidos pela empresa.
A estimativa é que a maior parte das vendas nas livrarias aconteça em janeiro e fevereiro, no início do calendário escolar. Mas, claro, há ainda a expectativa da compra por adultos, aqueles que liam as mesmas narrações na época em que eram estudantes.
O trabalho maciço de divulgação será feito pela Somos Educação nas escolas privadas, de forma direta, e nas públicas, por meio do Programa Nacional Biblioteca na Escola.
“O lançamento da coleção está relacionado ao foco que estamos dando em livros educacionais”, disse Mario Ghio, vice-presidente de conteúdo e inovação da Somos Educação, em entrevista a EXAME.com.
Salas de aula
A empresa finalizou neste ano a integração da áreas de livros didáticos, paradidáticos e sistemas de ensino – processo que começou no ano passado.
A fusão das áreas trouxe algumas mudanças, como a extinção do departamento editorial da Ática, anunciada nesta semana, e o enfoque exclusivo em lançamentos de paradidáticos apenas escolares, como a coleção Vaga-Lume.
Trata-se de livros usados dentro de um projeto de leitura coordenado pelos professores em salas de aula. Hoje, a empresa tem um catálogo de 1,2 mil livros nesse segmento, sendo mais de 80% escolares.
Os demais são obras de entretenimento, como os que contam as aventuras dos irmãos Charlie e Lola. Novos títulos como esses não entrarão mais no catálogo. “Nosso enfoque é atender às escolas e não ao varejo, sendo os livros didáticos prioridade”, conta Ghio.
Apenas em 2015, R$ 1,8 milhão foram investidos em lançamentos de paradidáticos, verba similar a aportada nos anos anteriores.
A integração trouxe um aumento do quadro de funcionários. Das 200 pessoas que trabalham na Somos Educação, 18 cuidam da parte de paradidáticos. Antes da fusão, eram apenas sete.
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1. Bilhões por ano
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São Paulo - A fábrica de lápis de cor da Faber-Castell em São Carlos, no interior paulista, é a maior planta industrial da empresa no mundo. No local trabalham 2.000 pessoas em três turnos e 2,5 bilhões de lápis são feitos por ano, vendidos para todo Brasil e outros 70 países, incluindo latinos, europeus e asiáticos. EXAME.com foi conhecer o processo de fabricação dos produtos. Veja nas fotos.
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2. A massa
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A fabricação de um lápis de cor é composta de três processos principais: mina (recheio do lápis), intermediário (montagem) e acabamento. A mina colorida é feita por meio da mistura de ceras especiais, pigmentos que dão cor, água e caulim – um minério extraído e depois moído, de cor branca e com aparência e textura de uma farinha de trigo. O resultado é uma massa amarela, verde, rosa ou de alguma outra das 48 cores de lápis de cor feitas pela Faber-Castell. Vale lembrar que a empresa tem uma caixa de lápis de 120 cores - todos importados.
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3. O espaguete
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Como em um processo de fazer macarrão, a massa colorida segue para uma prensa que dará a ela um formato de espaguete, da cor e diâmetro pré-definidos. Neste estágio, a mina é maleável e quebra fácil, mas já tem o cheiro característico do lápis.
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4. Ingredientes
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Os espaguetes são cuidadosamente separados por cor em recipientes de tamanho padrão até seguirem para a próxima etapa.
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5. Secagem
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A água em excesso do espaguete de mina será retirada em uma máquina de secagem, por meio de um processo que combina giro e alta temperatura por algumas horas. Desta fase, a mina já sai pronta para o uso, com a resistência e traços adequados para para colorir de forma perfeita.
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6. Tábuas
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Agora começa a parte de montagem do ecolápis, batizado assim pela companhia porque traz cuidados ambientais em toda a cadeia de produção. A madeira usada, 100% reflorestada, já vem cortada na espessura e formato certos da fábrica de pinus que a companhia possui, desde 1989, em Prata, Minas Gerais. São 10.000 hectares de plantação de pinus, madeira que leva 25 anos do plantio à colheita. De acordo com a empresa, esse projeto florestal no Brasil é referência mundial no setor e leva a empresa a absorver mais dióxido de carbono do que produz.
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7. Linhas
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Dez serras instaladas dentro de uma grande máquina industrial, responsável por todo o processo de montagem, cortam dez linhas com espaços de meio centímetro entre elas em cada uma das tábuas. Os cortes são feitos com velocidade e precisão. Um sensor controla a qualidade do produto e os que estão fora do padrão são tirados da linha. As sobras e descartes são usados para alimentar a caldeira da fábrica e gerar energia.
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8. Cola
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Antes do corte, uma boa quantidade de cola foi passada nas tábuas. Mais uma mão será dada nas madeiras depois das linhas serradas. O objetivo é garantir que as minas fiquem bem firmes quando colocadas.
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9. Cores
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Enquanto isso, caixas com minas de diversas cores aguardam a hora de serem usadas nas montagens. Uma cor de lápis é fabricada por vez, de acordo com a demanda e planejamento da empresa.
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10. Sanduíche
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As minas são colocadas na máquina que, por meio de um rolo industrial, as encaixa nos vãos cortados. Outra madeira é colocada por cima, formando, assim, uma espécie de sanduíche de tábuas com recheio de mina colorida.
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11. Prensa
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Uma grande prensa acaba de fechar o sanduíche de madeira e mina, que desce por uma rampa em velocidade lenta.
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12. Cortes
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As tábuas recheadas de mina seguem para receber o corte final, que fará com que cada uma delas se transforme em dez lápis. Há três formatos: circular (mais comum), triangular (indicado para crianças) e sextavado (mais profissional). Como funciona com as cores, a máquina faz cada tipo de produto por vez.
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13. Um só
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Já separados, eles seguem por outra esteira para receberem acabamento e pontas.
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14. Crus
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Chamados de lápis crus, eles são agrupados em caixas à espera da próxima fase do processo. Estão prontos para o uso, com exceção da parte externa, já que não é possível saber de qual cor eles são.
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15. Acabamento
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É nesta etapa que os lápis crus ganharão tinta por fora e a marca da Faber-Castell, além de serem testados e apontados. As paredes da fábrica tem as cores de seus lápis de colorir. Algumas delas ainda recebem desenhos feitos e pintados pelos funcionários.
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16. Pintura
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Os lápis crus recebem a primeira mão de tinta e deslizam por essa esteira, que conta com ventiladores de ar quente para ajudar no processo de secagem. Uma segunda mão é dada logo em seguida. Lápis que precisam de reforços de pintura são colocados, manualmente, para deslizar na esteira de novo e receber mais banhos.
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17. Verniz
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Devidamente pintados, os lápis seguem para receber uma mão de um verniz atóxico, pensado em crianças (e adultos) que comem as pontas dos lápis.
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18. Marca
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Nesta etapa, uma chancela com o logo da Faber-Castell é prensada em cada um dos lápis. Na maioria das vezes, os coloridos recebem a marca dourada e os de grafites prateada.
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19. Olho nu
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Depois de apontados pela máquina, eles seguem por uma esteira em velocidade lenta para que passem pela última vistoria feita a olho nu por um funcionário da qualidade.
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20. Para a caixa
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Blocos de lápis de mesma cor são colocados em grandes compartimentos antes de uma máquina separar um de cada para serem alinhados e empurrados para a caixa.
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21. Acessórios
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Em algumas caixas, as máquinas incluem também borrachas e apontadores.
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22. Distribuição
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22/23 (EXAME.com)
Prontas, as caixas de lápis de cor seguem para a distribuição e venda no Brasil e em mais de 70 países.
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23. Veja também:
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23/23 (Tatiana Vaz/EXAME.com)