Companhia apresentou queda de 9% na receita líquida com a pandemia (Kirill KukhmarTASS/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 23 de outubro de 2020 às 21h47.
Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 09h40.
A Coca-Cola vai deixar de fabricar 200 marcas de refrigerantes, o equivalente à metade de seu portfólio. Segundo a CNN, a companhia americana já havia anunciado que não produziria mais bebidas como Tab, Zico e Odwalla, mas na quinta-feira informou que isso se estenderá a duas centenas delas. As empresas do futuro estão aqui. Conheça os melhores investimentos em ESG na EXAME Research
De acordo com o site, com a redução, a Coca-Cola pretende se concentrar nos produtos mais lucrativos - como a Coca-Cola Zero açúcar - bem como marcas que se encaixam em novas categorias, com o AHA, um seltzer com cafeína que a empresa lançou no ano passado.
Segundo a CNN, a Coca-Cola passou por momentos difíceis durante a pandemia por causa do fechamento de lanchonetes e restaurantes. No terceiro trimestre, a receita líquida caiu 9%, para US$ 8,7 bilhões.
No Brasil, ainda não há previsão de cortes. Procurada pelo GLOBO, a Coca-Cola disse em comunicado que "não há definições por enquanto no Brasil sobre mudanças no portfólio. Inovação é uma prioridade da empresa e do negócio, e um dos fatores que nos possibilitaram atravessar nesses últimos meses a crise provocada pela pandemia".
Segundo a empresa no Brasil, "um aprendizado dessa crise é o de que devemos concentrar esforços nas marcas maiores e mais fortes, e ser mais assertivos no desenvolvimento de novas bebidas. Para isso, precisamos continuar inovando e nos transformando".
O CEO global da empresa, James Quincey, não deu nomes específicos dos refrigerantes que serão cortados, mas disse que a categoria "hidratação", deve ter mais cortes (são marcas como Dasani, Powerade, Vitamin Water). As vendas de água e bebidas esportivas despencaram 11% no terceiro trimestre.