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Coca-Cola muda embalagens às vésperas de divulgar resultados de 2021

Com queda na pandemia e encerramento de 200 marcas, empresa prevê recuperação para 2021

Nova embalagem: Coca-Cola mudará de visual até 2022 (Coca-Cola/Divulgação)

Nova embalagem: Coca-Cola mudará de visual até 2022 (Coca-Cola/Divulgação)

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Gabriel Aguiar

Publicado em 19 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 19 de abril de 2021 às 06h24.

Nova embalagem: Coca-Cola mudará de visual até 2022 (Coca-Cola/Divulgação)

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A Coca-Cola apresentou a nova embalagem que será adotada por todos os produtos até 2022. Mais que isso, a mudança marca a nova fase da empresa, que acumulou perdas durante a pandemia da Covid-19 – esse resultado só não foi pior pelo crescimento do consumo no Brasil, na China e na Nigéria. E a companhia divulgará hoje (19) os resultados do primeiro trimestre de 2021.

De outubro a dezembro do ano passado, o grupo norte-americano perdeu 29% de lucro líquido e 5% de receita quando comparado ao mesmo período de 2019 – os números foram de 1,42 bilhão de dólares e 8,61 bilhões de dólares, respectivamente. Por outro lado, o volume de vendas aumentou 2% na América Latina. Mesmo com a queda global, as ações tiveram lucro de 0,47 de dólar.

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Esses resultados foram melhores que a estimativa dos analistas da consultoria FactSet, que previam um aumento de 0,42 de dólar por papel da Coca-Cola. Também houve crescimento de 2,01% na cotação dos títulos da empresa no mercado futuro em Nova York. De acordo com a Reuters, a expectativa neste ano é de recuperação em torno de 10% (pouco acima do esperado para receita).

Pelas previsões da Coca-Cola, o aumento das vacinações em todo o mundo deve antecipar a reabertura de cinemas e eventos esportivos, ambos considerados essenciais para impulsionar as vendas – cerca de um terço do consumo depende de canais não-varejistas, como restaurantes, que tiveram limitações em todo o mundo. Em 2020, foi registrada queda de 9% em vendas orgânicas.

Como parte do processo de recuperação, a empresa norte-americana promoveu reestruturações no ano passado, com corte de 2.200 funcionários – sendo 1.200 só nos EUA – e encerramento de 200 marcas de refrigerantes globalmente. Entretanto, a companhia prometeu concentrar os esforços em produtos mais lucrativos, como é o caso da Coca-Cola tradicional e da linha sem açúcares.

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Em entrevista ao canal CNBC, o CEO global da companhia, James Quincey, diz que a linha Zero Açúcar – que, no Brasil, chama “Sem Açúcar” – teve crescimento durante a pandemia e deverá ser o produto de maior relevância no processo de recuperação nos próximos anos. Em relação às criações recentes, como Topo Chico (recém-lançada aqui), o executivo afirma que as vendas são boas.

“Embora a incerteza de curto prazo permaneça, estamos bem posicionados para sairmos mais fortes da crise”, diz Quincey em comunicado aos investidores. Neste ano, a expectativa da Coca-Cola Company é receber 12 bilhões de dólares da disputa contra o Internal Revenue Service, a receita federal dos EUA – ainda que, em novembro, a justiça norte-americana tenha dado razão ao órgão.

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