A décima turma do Programa de Educação para o Trabalho se formou nesta semana (.)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2010 às 18h01.
São Paulo - Quando adolescente, o paulistano Hans Kurt era tímido, muito introvertido e mal conseguia falar em público. Até que, em 2005, aos 16 anos, o jovem ficou sabendo de um curso de educação profissional promovido pela Coca-Cola Femsa em parceria com o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e com o governo do estado de São Paulo. Hans gostou da ideia, se inscreveu no curso e conseguiu participar da primeira turma do Programa de Educação para o Trabalho (PET), um dos 13 projetos da Femsa voltados para comunidades carentes.
Desde 2005, a empresa investiu, pelo menos, 2,5 milhões de reais em educação de jovens de baixa renda de São Paulo para terem mais condições de concorrer por melhores empregos no mercado de trabalho. Hoje, aos 20 anos, Hans é funcionário efetivo da empresa no setor de remuneração e sente que valeu a pena. "O programa agrega muito valor às pessoas que fazem. Antes, eu era muito introvertido, fechado, mas ele me fez mudar, porque tive que conversar com as pessoas e apresentar meu trabalho", afirma. Essas palavras resumem o discurso de Hans dirigido à décima turma do PET, composta por 30 alunos, que se formou nesta semana.
Todo ano, o programa atende a 300 jovens que cursam o ensino médio e cuja renda familiar total é de dois salários mínimos. As 330 horas distribuídas em seis meses de curso são divididas em oito módulos: saúde e qualidade de vida, marketing pessoal, comunicação, atitude empreendedora, tecnologia das transações comerciais, excelência no atendimento ao cliente, técnicas de vendas e informática.
Feira de negócios
A chefe de responsabilidade social da Femsa, Andrea Souza Silva, explica que, no final da parte teórica, os jovens visitam empresas colaboradoras para observar o trabalho dos funcionários e realizar entrevistas com eles e, com isso, conhecer melhor as áreas. "Antes de terminar tudo, eles passam pelo desafio de fazer uma feira de negócios, em que precisam desenvolver produtos e tentar vendê-los usando as técnicas aprendidas. Fazemos isso para garantir que eles entenderam o modo de trabalho", diz.
Durante todo o tempo, os jovens são avaliados e, no final, cinco de cada turma são escolhidos para fazer um estágio de seis meses na Coca-Cola Femsa, que podem ser estendidos para um ano. Cerca de 30% dos estagiários que passaram pelo programa foram contratados e, se depender desses jovens e da companhia, muitos outros "Hans" virão pela frente.