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Coca-Cola eleva investimento para R$ 3 bi no Brasil em 2017

Empresa quer expandir a distribuição e mudar o marketing para os refrigerantes sem açúcar

Coca-Cola: previsão de investimento em 2017 é 10% maior que a média dos últimos cinco anos (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Coca-Cola: previsão de investimento em 2017 é 10% maior que a média dos últimos cinco anos (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 13h16.

São Paulo - A Coca-Cola elevará os investimentos no Brasil este ano diante de uma estratégia de expansão da distribuição e mudança no marketing para os refrigerantes sem ou reduzidos em açúcar.

De acordo com o presidente da Coca-Cola Brasil, Henrique Braun, a companhia deve investir em torno de R$ 3 bilhões em 2017, montante 10% superior à média dos últimos cinco anos.

Braun não deu detalhes sobre o destino dos investimentos, mas destacou vertentes como infraestrutura, equipamentos e incluiu o marketing na conta.

O presidente da companhia, que assumiu o posto em setembro passado, destacou que o grupo tem como meta para o País aumentar a distribuição das versões com menos açúcar ou sem da Coca-Cola. A expectativa é crescer a distribuição do refrigerante Zero Açúcar e Com Stevia em 50% este ano.

A companhia parte para novas campanhas de marketing depois de ter mudado suas embalagens. As versões sem e com menos açúcar passam a ter também o "disco vermelho" característico da marca estampado.

Em evento nesta segunda-feira em São Paulo, Marcos de Quinto, vice-presidente global de marketing da Coca-Cola Company,diz que o objetivo da mudança foi passar a tratar as outras versões como variantes de uma mesma marca e não marcas distintas, unificando a publicidade.

Mercado de refrigerantes

O esforço da Coca-Cola de melhorar a distribuição e intensificar a comunicação de seus produtos reduzidos em açúcar ocorre num momento de mercado em que a produção de refrigerantes segue em queda.

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano passado - último dado público disponível - a produção de refrigerantes apresentou queda de 6,03%, para 12,52 bilhões de litros no Brasil.

Questionado sobre o cenário no País, Braun afirmou que o Brasil é um mercado importante para o grupo e que os investimentos miram o longo prazo.

A expectativa da empresa é que o Brasil, quarto maior mercado consumidor da Coca-Cola no mundo, apresente aceleração nas vendas dos refrigerantes reduzidos em açúcar depois das novas campanhas, a exemplo de outros países, mas sem mensurar números.

Além da busca por produtos saudáveis, as companhias de bebidas têm enfrentado no País o desafio de lidar com a migração das vendas para itens de preço mais baixo.

Líderes de mercado em várias categorias de produtos acabaram perdendo a preferência do consumidor.

Braun considera que a Coca-Cola está preparada para lidar com essa maior sensibilidade do consumidor a preço.

Isso porque o portfólio inclui marcas em pontos de preço mais baixo e a oferta de produtos reduzidos em açúcar tem ocorrido também nessas linhas, disse.

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