Negócios

Classe média descobre a blindagem de residências

Melhoria dos materiais barateia os custos, e serviço deixa de ser exclusividade de milionários e empresas

Guarita de prédio blindada: O setor de blindagem arquitetônica cresce 20% ao ano (.)

Guarita de prédio blindada: O setor de blindagem arquitetônica cresce 20% ao ano (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - Há dez anos, a blindagem de edifícios e casas era considerada um serviço para grandes empresas ou famílias milionárias. Mas, há cerca de dois anos, a classe média passou a fazer parte dessa lista de consumidores, segundo Emerson Mendonça, presidente da câmara de blindagem arquitetônica da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). O setor cresce 20% ao ano, segundo a Abrablin e nele predominam as pequenas e médias empresas.

O mercado avança a cada ano, de acordo com Cristiano Vargas, diretor da Vault, empresa especializada nesse tipo de serviço. Há dez anos, o grupo de clientes era restrito mas, há dois anos, ele tem aumentado. "A gente vê uma abrangência em termos de clientes muito grande", afirmou Vargas.

Em relação aos projetos residenciais, há cinco anos, a Vault era consultada apenas por construtoras de edifícios de padrão AAA, com unidades comercializadas a partir de 3 milhões de reais. Atualmente, a empresa atende construtoras para unidades comercializadas a partir de 450 mil reais.

No gosto da classe média

O diretor comercial da Blindaço, Carlos Roberto Monte Serrat Barbosa, trabalha no setor há dez anos e afirma que, nos últimos três, devido ao crescimento da demanda e ao desenvolvimento de novos materiais, foi possível uma redução nos preços, levando ao aumento da procura da classe média pelos produtos.

As portas residenciais blindadas da Blindaço custavam entre 8.000 reais e 9.000 reais, por exemplo. Agora o preço é de cerca de 3.000 reais. A diferença de preços refletiu-se nas vendas. Antes, a empresa vendia entre 15 e 20 portas blindadas por mês; agora são 100, e a meta é terminar o ano comercializando 250 por mês, segundo Barbosa.


A empresa só trabalha com blindagem arquitetônica e registrou, no ano passado, um faturamento de 10 milhões de reais. Para 2010, Barbosa espera 15 milhões - dos quais 7 milhões de reais já foram atingidos. As vendas residenciais correspondem a cerca de 20% do total.

Os maiores clientes da Blindaço continuam sendo as indústrias e empresas. A companhia fez o maior projeto de blindagem do país. Trata-se dos 3.000 metros quadrados de área envidraçada e blindada da sede da SulAmérica. Também foi responsável por um dos trabalhos de maior destaque do setor: os 300 metros quadrados blindados do palácio do Planalto.

Rio de Janeiro e São Paulo lideram procura

Os mercados que mais buscam esse serviço são Rio de Janeiro e São Paulo sendo esse último o principal, segundo Helon Catalani, gerente de vendas da EMS Blindagens Arquitetônicas. "No Rio, está engatinhando ainda", afirmou Catalani. Em São Paulo, a maior procura é por portas blindadas para apartamentos. Já no Rio, predomina a busca pelas janelas. "No Rio, praticamente não se blinda guarita de prédio, não tem o problema de invasão de condomínio. Lá tiro vem de fora."

Catalani destaca que a maior procura vem dos condomínios, que buscam guaritas, seguida pelas portas de apartamento. Há ainda empresas que desejam blindar portarias e ter células de segurança para seus diretores. A EMS já fez trabalhos para as forças armadas e para as guaritas da polícia militar do Rio. Seu ritmo é de cerca de 20 obras por mês, entre pequenas e grandes.


Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoMetrópoles globaisRio de Janeirosao-pauloseguranca-digitalVendas

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU