Citi: segundo fontes, Itaú e Santander estariam disputando os ativos de varejo do banco (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2016 às 08h22.
São Paulo - O Citi espera concluir a venda das suas operações de varejo no Brasil, na Argentina e na Colômbia ainda este mês, mas ainda não fechou exclusividade com nenhum banco, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Enquanto crescem as expectativas em torno de quem passará para a etapa final das negociações, há quem diga que pode nem haver um contrato de exclusividade pelo fato de o ativo ser relativamente pequeno, segundo fontes.
Por ora, Santander e Itaú seguem na disputa, sendo que a instituição espanhola é apontada como favorita. Fontes garantem que as conversas ainda estão em curso.
A vantagem do Santander na concorrência, na visão de executivos do mercado, seria o fato de o banco ter feito uma oferta não só pela operação do Citi no Brasil, mas também da Argentina. Teria contratado, inclusive, o Credit Suisse e o Morgan Stanley como assessores financeiros, segundo fontes.
Além de ter perdido a concorrência pelo HSBC para o Bradesco, o interesse do Santander visa a reforçar o título de único banco internacional de grande porte no País. Uma fonte afirmou, porém, que isso não fará com que a instituição seja mais agressiva em termos de preço.
Na visão de um executivo, o Citi pode não dar exclusividade a nenhum comprador. Essa seria uma forma de impulsionar a competição entre os interessados, até mesmo porque o ativo é visto como relativamente pequeno, diferentemente do HSBC Brasil.
Na comparação entre esses dois bancos, apenas a rede física, por exemplo, é equivalente a um décimo da que era detida pelo banco inglês. Enquanto o HSBC tinha 851 agências no Brasil, o Citi possui 71. Outro executivo, no entanto, dizendo conhecer o perfil do Citi, acredita que um contrato de exclusividade seja firmado em algum momento.
Apesar de o Santander ser considerado favorito, fontes lembram que o Itaú tem um estilo fechado de negociar, envolvendo o mínimo de pessoas possível para evitar o vazamento do seu real interesse em um eventual negócio. Foi assim com Unibanco, Porto Seguro, BMG e, mais recentemente, a Recovery, do BTG Pactual.
Citi anunciou a intenção de vender suas operações de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia em fevereiro. Em junho, recebeu ofertas não vinculantes (sem obrigação de compra).
Entre julho e agosto, as propostas vinculantes. O Citi chegou até a prorrogar o prazo limite de entrega. Desde então, segue debruçado na análise das ofertas. Procurados, Citi Brasil, Santander e Itaú Unibanco não comentam.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.