O setor automobilístico parece simples para os de fora, e alguns acham que podem se sair melhor do que Detroit, que gastou uma geração escorregando rumo a recuperações de falência antes de ressurgir com novos lucros. Mas a indústria automotiva moderna tem um histórico heterogêneo em relação ao desempenho dos forasteiros. Para cada Alan Mulally, que saltou da Boeing Co. para comandar o ressurgimento da Ford Motor Co., há um Bob Nardelli, o ex-executivo da General Electric Co. e CEO da Home Depot Inc., que esteve à frente da Chrysler durante a falência da companhia. Até o momento, a Tesla está tendo sucesso, ao passo que a Fisker Automotive, outra empresa de alto perfil de carros elétricos, liquidou seus ativos em uma recuperação judicial. A Apple, por sua vez, possui uma combinação exclusiva de executivos com experiência em tecnologia e automóveis. A companhia há muito vem contratando engenheiros do espaço automotivo, frequentemente com experiência em gestão da cadeia de fornecimento, tecnologia de baterias e experiência do usuário. Luca Maestri, o diretor financeiro da Apple, passou 20 anos na
General Motors, em áreas como finanças e operações. Eddy Cue, o influente vice-presidente sênior de software de internet, é fanático por carros e faz parte do conselho da
Ferrari. Steve Zadesky, vice-presidente do design de produto do iPhone, está à frente da iniciativa automobilística da Apple e trabalhou na Ford no início da carreira. Marc Newson, designer industrial bem conceituado que entrou na equipe secreta de design da Apple no ano passado, confeccionou um carro-conceito de alto padrão para a Ford em 1999.