Cielo: 1% do faturamento da empresa hoje vem de serviços adicionais (Claudio Rossi/VOCÊ S/A)
Tatiana Vaz
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 10h26.
São Paulo – Faturar, e muito, com a captura de pagamentos com cartões de crédito e débito no país parece já não ser mais o bastante para a Cielo, empresa que apresentou um lucro de 548,9 milhões de reais no segundo trimestre. A empresa vem investindo em compra e acordos com parceiras capazes de desenvolver soluções que vão além do sistema de transações – produtos que já representam 1% da receita de 4,8 bilhões de reais da companhia.
“É uma porcentagem ainda pequena, mas com um potencial de crescimento muito grande para os próximos anos, a medida que as soluções vão se consolidando no mercado e que outras novas que estão sendo desenvolvidas saiam do papel”, afirma Rômulo Dias, presidente da Cielo, durante o evento EXAME Fórum, que acontece hoje na capital paulista.
A compra de quatro empresas desde o fim da exclusividade no setor, em julho de 2010, é um reflexo desse novo objetivo traçado pela empresa. E algumas soluções desenvolvidas em conjunto com as adquiridas já começam a chegar ao mercado. Há dois meses, a Cielo passou a disponibilizar o Pagador, um serviço de segurança de pagamentos desenvolvido pela Braspag.
“Trata-se de um serviço que oferece mais segurança contra fraudes, bem como mais praticidade aos lojistas e seus clientes”, diz Dias. O sistema oferta ao lojistas um meio mais simples e rápido de verificar as informações do cliente, por meio de alguns poucos dados dos clientes, como nome e CPF.
Também há cerca de dois meses a Cielo passou a oferecer aos lojistas uma maneira de “facilitar” que as transações aumentassem nos estabelecimentos. Compradores clientes do Banco do Brasil e Bradesco passaram a ter a opção, nas lojas parceiras da empresa, de pagar suas compras por meio de um crediário pré-aprovado pelos bancos.
“É um produto que os bancos já oferecem aos seus clientes e que agora passa a ser disponível também nas nossas maquininhas`, explica o executivo. Assim, na hora das compras, os clientes optam por fazer o pagamento por meio de débito, crédito ou crediário para alongar o pagamento em até 48 vezes. As taxas são as mesmas disponíveis pelas instituições bancárias em suas agências e caixas eletrônicos.
Até o final do ano, clientes da Caixa Econômica e HSBC também devem ter a opção de pagamento por meio de crediário nas varejistas associadas a Cielo que optarem pelo serviço.
A parceria que a empresa mantém com a operadora Oi para recarga de celular por meio das maquininhas da empresa também foi estendida, recentemente, para a Tim. Sinal de que a empresa tem dado para as empresas adquiridas, aos poucos, a incumbência de trazer receitas de novas maneiras.