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Cielo prevê crescer menos que o mercado de cartões em 2014

Expectativa da empresa é de que a concorrência seja acirrada com a Rede (ex-Redecard), do Itaú Unibanco, e o Santander Brasil


	Cielo: empresa já enxerga um cenário de queda neste ano da taxa cobrada dos lojistas, sua principal fonte de receita, seguindo a tendência recente, embora não tenha divulgado números dessa linha
 (Divulgação)

Cielo: empresa já enxerga um cenário de queda neste ano da taxa cobrada dos lojistas, sua principal fonte de receita, seguindo a tendência recente, embora não tenha divulgado números dessa linha (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 11h58.

São Paulo - A Cielo deve crescer menos do que a expansão estimada de 16 a 18 por cento para o mercado brasileiro de meios de pagamento eletrônico em 2014, segundo o principal executivo da companhia, Rômulo Dias.

"Tanto por causa da competição quanto pela nossa base maior, devemos crescer abaixo disso", disse o presidente-executivo da Cielo, Rômulo Dias, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira.

A expectativa da empresa é de que a concorrência seja acirrada com a Rede (ex-Redecard), do Itaú Unibanco, e o Santander Brasil, segunda e terceira colocadas no mercado, respectivamente, disse Dias.

Com isso, a Cielo já enxerga um cenário de queda neste ano da taxa cobrada dos lojistas (MDR, na sigla em inglês), sua principal fonte de receita, seguindo a tendência recente, embora não tenha divulgado números dessa linha.

Na terça-feira à noite, a Cielo anunciou que teve para o quarto trimestre crescimentos de lucro, receita e resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) menores do que as projeções do mercado, diante de competição crescente e maiores despesas e custos operacionais.

Dias afirmou que as despesas da empresa com marketing deverão crescer cerca de 4 por cento este ano.

"Apesar do bom desempenho trimestral das receitas, as despesas deram um salto", comentaram analistas do BB Investimentos, em relatório.

Não bastasse a competição maior, os resultados da companhia também podem ser adversamente afetados por menor movimento no comércio devido à Copa do Mundo no país, entre junho e julho.

De acordo com Dias, se a seleção brasileira for à final do evento, isso possivelmente implicará em quatro dias de ponto facultativo no país.

"Isso pode ter efeito negativo superior ao da vinda de estrangeiros ao país", disse o executivo.

Às 12h38, a ação da companhia recuava 1,7 por cento na Bovespa, a 62,03 reais. No mesmo instante, o Ibovespa cedia 1,32 por cento.

Segundo o BB Investimentos, a concorrência será mais acirrada em 2014, com os principais rivais mostrando maior agressividade, o que explica parte do aumento de custos da Cielo no quarto trimestre.

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