Máquina da Cielo: empresa fechou acordo com a bandeira japonesa JCB (ARQUIVO)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2011 às 16h33.
São Paulo - A Cielo deve investir este ano entre R$ 308 milhões e R$ 328 milhões em compras de equipamentos que fazem a leitura e captura de transações com cartões de crédito e débito nas lojas, chamados pelo mercado de POS. "Somos o primeiro ou segundo maior comprador do mundo desses equipamentos", afirmou o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, que participou hoje de teleconferência com a imprensa para comentar os resultados da empresa no segundo trimestre. A Cielo credencia estabelecimentos comercias para aceitarem cartões de débito e crédito.
O executivo não divulga o número de equipamentos que será comprado. Boa parte deles será de terminais móveis, como aqueles que os garçons levam à mesa do cliente em restaurantes (conhecidos no mercado de cartões como GPRS). Segundo Mello, para o lojista, a vantagem desse aparelho móvel, que usa tecnologia de celular, é que a Cielo fechou acordo com as operadoras e banca o custo das ligações. No terminal fixo, instalado nos caixas dos bares e lojas, o proprietário paga o custo de telefonia.
No primeiro semestre, a Cielo gastou R$ 98 milhões na compra de aparelhos POS. No segundo, prevê gastar entre R$ 210 milhões e R$ 230 milhões - o equivalente ao que foi feito em todo ano passado (cerca de R$ 215 milhões).
A Cielo fechou o segundo trimestre com 1,3 milhão de terminais instalados em estabelecimentos comerciais. Ao todo, a empresa tem cadastrados 1,8 milhão de lojistas.
O investimento em compra de mais aparelhos ocorre por conta da expectativa de crescimento do mercado de cartões de crédito, que tem ficado acima dos 20% há vários anos. A Cielo projeta que por suas máquinas passem um volume de mais de R$ 170 bilhões em transações de pagamento com plásticos este ano, com um crescimento de até 21,5%.
Abertura do mercado
A abertura do mercado de credenciamento completa um ano este mês. Desde de julho do ano passado, os terminais da Cielo podem ler os cartões de várias bandeiras e os da Redecard, sua principal concorrente, também. Por isso, os lojistas podem optar em ficar com apenas um terminal. Segundo Mello, 80% dos clientes optaram por trabalhar com uma ou outra credenciadora e os 20% restantes operam com as duas.
Desde a abertura do mercado, a taxa cobrada pela Cielo dos lojistas com cartões de crédito já recuou 19%, para 1,17% por transação. Para Mello, a tendência agora é que essas taxas caiam menos nos próximos meses. A empresa projeta que elas terminem 2011 entre 1,12% e 1,16%.
Com a maior competição no mercado, o valor do aluguel médio de cada POS cobrado dos lojistas também caiu. O preço mensal, que estava em R$ 73,90 há 12 meses, terminou junho deste ano em R$ 65,40. Mello, porém, não dá previsões sobre o desempenho desse valor nos próximos meses. "Não temos a mesma visibilidade para esse indicador", disse ele.