Pagamentos com cartões: participação de mercado da Cielo teve oscilação positiva de 0,03% no terceiro trimestre deste ano (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 15h26.
São Paulo - A Cielo tem como prioridade o crescimento orgânico no Brasil, mas não descarta aquisições de empresas "pequenas e inovadoras", afirmou o presidente Rômulo Dias, nesta terça-feira.
"No quesito inovação, procuramos desenvolver dentro de casa, mas algum ativo pequeno e inovador poderia ser examinado", disse o presidente da companhia controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, em teleconferência com jornalistas.
No terceiro trimestre, a participação de mercado da credenciadora de cartões teve oscilação positiva de 0,03 ponto percentual, para 53,03 por cento, disse o executivo. Porém, a companhia trabalha com uma perspectiva de redução de participação de mercado em 2014, devido à competição mais acirrada.
Os concorrentes deste mercado, excluindo a Rede (antiga Redecard), do Itaú Unibanco, devem atingir uma fatia de mercado de 15 a 20 por cento até 2015, segundo estimativas da Cielo.
Entre estes concorrentes estão Santander, que tem participação na GetNet, o Banrisul e a Global Payments. O presidente da Cielo avalia que esta participação dos concorrentes poderá ser ainda maior que 20 por cento, considerando que as previsões dadas por estas companhias superam este número.
"Um concorrente disse que chegaria a 15 por cento, outro disse que chegaria a 10 por cento, então pode até ficar acima disso", afirmou Dias na teleconferência, citando informações publicadas na imprensa.
Às 15h36, as ações da Cielo exibiam queda de 2 por cento, a 67,27 reais, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 0,74 por cento.
Margens
As margens da Cielo apresentaram retração no terceiro trimestre ante um ano antes. A margem líquida passou de 44,6 por cento para 39,6 por cento, enquanto a margem Ebitda recuou de 59,1 por cento para 53,5 por cento.
Segundo Dias, esta queda foi causada principalmente pela maneira de contabilizar os resultados da norte-americana Merchant e-Solutions, comprada pela Cielo no segundo semestre do ano passado.
Ele explicou que companhias dos Estados Unidos contabilizam o intercâmbio como custo, diferente da prática brasileira, o que impacta negativamente a margem. O intercâmbio é uma taxa que o adquirente paga para o banco emissor.
A Cielo divulgou no final da segunda-feira que encerrou o terceiro trimestre com alta anual de 17 por cento no lucro consolidado, a 691 milhões de reais.