Máquina da Cielo: segundo presidente da empresa, a Cielo ganhou três pontos bases de market share no terceiro trimestre, totalizando participação de cerca de 53,03% (ARQUIVO)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 14h16.
São Paulo - A Cielo vai encerrar 2013 com R$ 360 milhões em investimentos, segundo o presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias. A cifra está praticamente em linha com o desembolso feito no ano passado, conforme o executivo.
Dos R$ 360 milhões, R$ 300 milhões serão investidos em novas máquinas (POS) e os outros R$ 60 milhões em ambientes de captura e investimento no projeto Bob - Best of Both, que é a integração da Cielo com a Merchant e-Solutions (MeS), cuja compra foi concluída em setembro do ano passado.
"O investimento é bastante significativo e mostra o nosso compromisso em estar atualizando permanentemente não somente as máquinas, mas também a nossa infraestrutura que tem capacidade de processar 10 mil transações por segundo", afirmou Dias, em teleconferência com a imprensa.
No ano passado, a Cielo investiu R$ 258,8 milhões na compra de POS. Se considerado o desembolso feito para a aquisição da MeS, de R$ 1,365 bilhão, o montante sobe para R$ 1,472 bilhão em 2012.
Segundo Dias, a Cielo ganhou três pontos bases de market share no terceiro trimestre, totalizando participação de cerca de 53,03%, considerando Rede, Santander e Banrisul. "O aumento de share ocorreu em todos os segmentos", afirmou.
O executivo reafirmou que o cenário em 2014 será mais desafiador em termos de concorrência e que é natural a perda de share com a atuação de novos players e a maior agressividade de concorrentes. No entanto, é difícil dizer, segundo ele, se isso deve ocorrer já no quarto trimestre. "Nos últimos trimestres, em alguns ganhamos share em outros perdemos. Em 2014, devemos perder share por conta da entrada de novos players", disse ele.
Dias reafirmou que a Cielo trabalha com um cenário de que as empresas adquirentes, excluindo os dois maiores players, tenham uma fatia de 15% a 20% no começo de 2015%. "A concorrência vai ser em serviço, atendimento, diferenciação, presença, mas isso também acaba afetando os preços", avaliou.
Segundo o executivo, a empresa vai defender o seu trabalho, respeitando os concorrentes, mas o desafio dia a dia é se reinventar, olhando o que mercado está fazendo para definir as estratégias.