Letreiro de Donald Trump em prédio de Chicago (Scott Olson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2014 às 20h17.
São Paulo – O bilionário Donald Trump está metido em mais uma polêmica.
Dessa vez, ele trouxe a discórdia para Chicago, nos Estados Unidos, cidade que decidiu se rebelar contra cinco letras (T-R-U-M-P) na fachada do seu segundo maior prédio, prédio esse que o próprio bilionário construiu.
Como conta o site Business Insider, Chicago tem orgulho de sua riqueza arquitetônica e, uma vez que Trump decidiu na última semana colocar um letreiro gigantesco em frente ao rio – uma parte turística – algumas personalidades da cidade vieram a público para criticar a medida do bilionário excêntrico.
Entre eles, está o famoso arquiteto Blair Kamin, vencedor de um prêmio Pulitzer.
"Adeus, espaço público gracioso. Olá, beco porcaria", escreveu ele, em sua coluna no jornal Chicago Tribune.
"Acorde, Chicago: o exercício autoindulgente de Trump – que o prefeito, por meio de um porta-voz, chamou de "terrível" na última quarta-feira e disse que queria remover – é um tiro de advertência na batalha por uma grande ribeira", acrescentou.
Nem o próprio arquiteto que desenhou o prédio para Donald Trump poupou criticas ao letreiro, que será iluminado por LEDS durante a noite e vai ocupar um espaço de aproximadamente 260 metros quadrados no prédio de 96 andares.
"É de mau gosto", sentenciou Adrian Smith ao Wall Street Journal.
Trump, que não é de ficar calado, também saiu em defesa de seu letreiro, que ainda precisa de uma licença da prefeitura para continuar no local.
No Twitter, ele publicou que Kamin pode ser "o pior crítico de arquitetura no mercado".
.@BlairKamin Blair, you may be the worst architectural critic in the business but thanks for your nice reviews about Trump Chicago & sign PR
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 15, 2014
E acrescentou, ainda em entrevista ao Journal: "Acontece que é uma coisa boa para Chicago, porque eu tenho a marca mais sensacional no mundo".
Ainda segundo o Wall Street Journal, Trump investiu US$ 73 milhões do seu próprio bolso e tomou um empréstimo de em US$ 640 milhões nesse projeto imobiliário, que só vingou mesmo após a recuperação da crise de 2008.