Yahoo: todas as contas foram afetadas (Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)
AFP
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 19h29.
Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 19h49.
O ciberataque de 2013 à gigante online Yahoo afetou todas as três bilhões de contas da empresa, disse, nesta terça-feira (3), a Verizon, que adquiriu os ativos online da Yahoo no começo deste ano, após uma nova análise sobre o incidente.
A conclusão da Verizon revisou bem para cima a estimativa inicial do Yahoo, de um bilhão de contas afetadas.
O pronunciamento disse que a estimativa se baseou em "nova inteligência", após uma investigação do incidente de agosto de 2013, com apoio de especialistas forenses contratados.
"Apesar de isso não ser uma questão de segurança, a Yahoo está enviando notificações de e-mail para os novos usuários afetados", disse a nota divulgada pela unidade de internet da Verizon, conhecida como Oath.
"A investigação indica que informações das contas de usuários que foram roubadas não incluíram senhas em texto claro, dados de cartões de pagamento e informações bancárias. A empresa continua a trabalhar de perto com as autoridades".
Estimava-se que a violação do Yahoo fosse a maior da história em termos de números de usuários afetados. Mas uma violação divulgada recentemente pela agência de crédito Equifax é vista como potencialmente pior, devido à sensibilidade dos dados vazados.
A Yahoo, que já foi uma das líderes do setor digital, vendeu suas principais operações online para a Verizon num negócio, fechado em junho, de 4,48 bilhões de dólares.
O preço foi reduzido após a revelação de dois grandes vazamentos de dados no Yahoo.
Além da falha de 2013, a Yahoo disse que hackers roubaram, em 2014, dados pessoais de mais de 500 milhões de contas de usuários.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou dois agentes de inteligência e dois hackers por um dos ataques, que tinha objetivo duplo de espionagem e benefícios financeiros.
Autoridades canadenses prenderam, neste ano, Karim Baratov, de 22 anos, um imigrante do Cazaquistão, com um mandado americano.
Os Estados Unidos afirmam que oficiais de inteligência da Rússia contrataram Baratov e outro hacker para fazer os ataques à Yahoo de 2014 a 2016.