Trabalhadores inspecionam chocolates praliné em Vlezenbeek, próximo de Bruxelas (Yves Herman/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 13h59.
Bruxelas - Os fabricantes de chocolate belga acreditam que seus bombons de renome deveriam ter proteção idêntica à do champanhe francês ou do presunto parma italiano.
Eles querem que o termo "chocolate belga" seja exclusivo deles e querem acabar com rivais estrangeiros que rotulam seus produtos como de "estilo belga" ou de uma "receita belga".
Os imitadores, dizem eles, diminuem as vendas e prejudicam um selo de qualidade construído ao longo do século desde que Jean Neuhaus inventou o praliné, bombom de casca dura e recheio de chocolate, em 1912.
A federação da indústria vai se reunir com os governos regionais a partir do próximo mês para decidir como a Bélgica pode entrar com pedido na União Europeia para proteger os chocolates belgas ou talvez procurar uma marca para salvaguardar os seus doces.
"O que nos deixa tristes é que muitas vezes as cópias não estão à altura dos originais", disse Jos Linkens, executivo-chefe da Neuhaus, à Reuters em uma entrevista.
"Se chocolatiers de renome em todo o mundo nos copiassem, talvez estivéssemos contentes. Nós não queremos que a imagem de qualidade sofra", afirmou Linkens, que também é presidente da federação de confeitarias, chocolates e biscoitos belga Choprabisco.
A Bélgica tem orgulho de sua maestria de chocolate. Dispõe de mais de 200 empresas de chocolate, mais de 2.000 lojas de chocolate e museus, passeios e workshops, como o museu de cacau e chocolate de Bruxelas.