Negócios

Chinesa de carros elétricos Xpeng precifica IPO e pode levantar US$ 1,1 bi

A startup, que tem a Alibaba como um de seus investidores, quer atrair capital dos Estados Unidos, mesmo diante da escalada das tensões com o governo chinês

 (Xpeng/Divulgação)

(Xpeng/Divulgação)

JE

Juliana Estigarribia

Publicado em 26 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 26 de agosto de 2020 às 10h36.

As startups de veículos elétricos estão ganhando cada vez mais espaço. A chinesa Xpeng, cujos investidores incluem as gigantes Alibaba e Xiaomi, deve precificar nesta quarta-feira, 26, as ações de sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York (Nyse).

A empresa, fundada em 2014, espera levantar cerca de 1,1 bilhão de dólares com o IPO.

O movimento acontece mesmo diante da escalada das tensões entre Estados Unidos e China. A ambição da companhia é atrair investidores no mercado de capitais mais pujante do mundo, principalmente no setor de tecnologia.

A expectativa da Xpeng é precificar suas ações entre 11 e 13 dólares, de acordo com documento divulgado na sexta-feira, 21. No topo dessa faixa, a empresa poderia ser avaliada em cerca de 9,2 bilhões de dólares.

A empresa planeja vender 85 milhões de recibos de ações, ou ADRs (American Depositary Shares), cada um representando duas ações ordinárias da Xpeng.

Em junho, outra chinesa de carros elétricos, a Li Auto, levantou 1,1 bilhão de dólares na Nasdaq, chegando a um valor de mercado próximo a 10 bilhões de dólares.

A americana Nikola também continua ganhando a atenção dos investidores. Com um valor de mercado de cerca de 15 bilhões de dólares, a empresa de veículos movidos a eletricidade e células de hidrogênio se mantém em alta na Nasdaq, mesmo admitindo que não terá receita neste ano.

A Tesla não é uma startup, mas ainda é considerada novata na centenária indústria automotiva. A empresa comandada pelo bilionário Elon Musk tornou-se recentemente a montadora mais valiosa do mundo, ultrapassando a Toyota e mostrando que, no setor, tradição está perdendo (um pouco) de espaço para o ousado. Pelo menos por enquanto.

Polêmica

A Tesla iniciou, no ano passado, um processo contra Guangzhi Cao, um ex-engenheiro da companhia que passou a trabalhar para a Xpeng. A ação envolve a propriedade intelectual do Autopilot, sistema de direção autônomo da montadora americana. 

Segundo a Tesla, o engenheiro teria roubado parte de seu código-fonte e vendido para a Xpeng criar o chamado Xpilot.

O acusado admitiu ter baixado partes do código, mas afirma que apagou as informações antes de ingressar na Xpeng. O processo está em andamento. 

Acompanhe tudo sobre:Carros elétricosExame HojeIPOsMontadoras

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980