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China pede aos EUA que não solicitem a extradição de diretora da Huawei

O Canadá prendeu a diretora financeira a pedido dos Estados Unidos, por uma suposta violação das sanções ao Irã

Huawei: Wanzhou permanece no Canadá depois de ter pago liberdade sob fiança (Alexander Bibik/Reuters)

Huawei: Wanzhou permanece no Canadá depois de ter pago liberdade sob fiança (Alexander Bibik/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 08h57.

Pequim- Pequim pediu nesta terça-feira a Washington que não apresente diante das autoridades canadenses um pedido de extradição da diretora financeira da empresa tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou, que permanece no Canadá depois de ter pago liberdade sob fiança.

"Pedimos ao Canadá que liberte Meng imediatamente e que salvaguarde seus direitos e interesses legítimos, e aos EUA a cancelar a ordem de detenção e de se abster de apresentar qualquer pedido formal de extradição diante do Canadá", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying durante a entrevista coletiva diária.

O embaixador do Canadá nos EUA revelou a intenção de Washington de solicitar formalmente a extradição de Meng, um trâmite cujo prazo termina em 30 de janeiro, segundo a imprensa canadense.

"Responderemos em consonância com qualquer ação posterior que tome o lado americano", disse a porta-voz, ao mesmo tempo que advertiu que "cada um deve assumir as responsabilidades do que faz, e isso é aplicado a todos os países".

Pequim e Ottawa protagonizam uma crise que iniciou após a detenção de Meng no Canadá em 1 de dezembro a pedido dos Estados Unidos, por uma suposta violação das sanções ao Irã.

Dias depois da detenção de Meng, a China prendeu dois canadenses, Michael Kovrig e Michael Spavor, supostamente por pôr em risco a segurança nacional chinesa, que seguem sob custódia policial.

A crise se agravou em 14 de janeiro com a condenação a morte, por tráfico de drogas, ditada pela justiça chinesa contra o canadense Robert Lloyd Schellenberg, que tinha sido sentenciado inicialmente a 15 anos de prisão, mas a Promotoria chinesa recorreu e o tribunal aumentou para pena capital.

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