Peças: sanções afetam oito fabricantes de autopeças e quatro produtores de rolamentos (Simon/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2014 às 06h22.
Pequim - As autoridades da China anunciaram nesta quarta-feira a aplicação de multas que somam 1,235 bilhão de iuanes (US$ 201 milhões) a 12 empresas japonesas que coordenaram preços de peças automotivas durante mais de dez anos no mercado chinês.
As sanções se somam às investigações das autoridades de algumas províncias chinesas a multinacionais estrangeiras do setor automotivo, e que nas últimas semanas multou os fabricantes alemães Audi e BMW.
A Mercedes-Benz foi considerada culpada de fixar preços de peças e serviços de manutenção pela província de Jiangsu e a Chrysler é objeto de outra investigação.
As sanções anunciadas hoje afetam oito fabricantes de autopeças e quatro produtores de rolamentos, detalhou a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (CNRD) da China em comunicado.
Segundo o órgão, os oito fabricantes de autopeças (Hitachi, Denso, Aisan, Mitsubishi Electric, Mitsuba, Yazaki, Furukawa e Sumitomo) pactuaram seus preços para o mercado chinês entre janeiro de 2000 e fevereiro de 2010, através de reuniões.
A maior multa, de 290,4 milhões de ienes (US$ 47,2 milhões) foi para a Sumitomo, enquanto a Hitachi, que informou do acordo e colaborou com a investigação, ficou isenta de pagar a sanção.
Entre os 13 tipos de autopeças sujeitos ao acordo estavam alternadores, motores de arranque e cabos, acrescentou a CNRD.
Essas peças são usadas em mais de 20 modelos de automóvel de marcas como Honda, Toyota, Ford, Nissan e Suzuki.
As quatro fabricantes de rolamentos são Nachi, NSK, JTEKT e NTN, e a primeira delas também ficou isenta da multa por comunicar o pacto de preços e colaborar com a investigação.
O valor das multas foi fixado baseando-se na da gravidade das ações de cada companhia e na porcentagem de suas vendas anuais no mercado chinês, que chegam a 8%.