Novas medidas do governo chinês visam estabilizar o mercado imobiliário com foco em alta qualidade (Leandro Fonseca/Exame)
Agência
Publicado em 17 de outubro de 2024 às 16h00.
Última atualização em 17 de outubro de 2024 às 16h09.
O Conselho de Estado da China chamou a atenção do mercado nesta quinta-feira, 17, ao divulgar novas medidas para estimular o setor imobiliário. Responsáveis de cinco departamentos, incluindo o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural, o Ministério das Finanças, o Ministério dos Recursos Naturais, o Banco Popular da China e a Autoridade Reguladora Bancária e Seguros da China, apresentaram políticas existentes e novas medidas que formam um conjunto de ações para estabilizar o mercado imobiliário.
Os cinco departamentos apresentaram uma série de medidas específicas para os problemas enfrentados pelo mercado imobiliário, e duas novas medidas se destacaram.
Ni Hong, ministro do Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural, afirmou que 1 milhão de moradias antigas e rurais nas cidades serão reconstruídas ou reformadas por meio de indenização monetária. Apenas nas 35 grandes cidades da China, existem 1,7 milhão de moradias que necessitam de reformas. A indenização monetária permite que as pessoas se mudem diretamente para as novas moradias, melhorando o ambiente habitacional e as funções urbanas.
A segunda medida, mencionada por Xiao Yuanqi, vice-diretor da Autoridade Reguladora Bancária e Seguros da China, otimiza o mecanismo de financiamento para projetos imobiliários na “lista branca”, garantindo que todos os projetos qualificados recebam financiamento adequado. Até o final de 2024, o valor dos empréstimos aprovados para esses projetos deve dobrar, ultrapassando RMB 4 trilhões.
Entre as políticas existentes, Ni Hong destacou os “Quatro cancelamentos” e “Quatro reduções”. Os cancelamentos incluem a redução de restrições à compra e controle de preços, enquanto as reduções focam em taxas de juros e impostos sobre imóveis antigos. Essas medidas têm como objetivo reduzir o custo de aquisição e aumentar a demanda habitacional.
Desde o anúncio das políticas, cidades como Tianjin cancelaram as restrições de compra. Restam poucas cidades com restrições, como Pequim, Xangai e Shenzhen.
Ni Hong afirmou que as medidas visam estimular o mercado e acumular forças para o desenvolvimento de alta qualidade a longo prazo. Além disso, o Ministério das Finanças está colaborando com outras entidades para criar políticas fiscais que reduzam a carga sobre empresas imobiliárias e compradores de moradias.