Negócios

China estuda mais incentivos para carros elétricos

O país pode isentar os compradores de carros elétricos do pagamento de impostos que incidem sobre as aquisições


	Carro elétrico da Tata: os governos regionais devem ser estimulados a ajudar as empresas a desenvolverem serviços de aluguel de carros elétrico
 (Stan Honda/AFP)

Carro elétrico da Tata: os governos regionais devem ser estimulados a ajudar as empresas a desenvolverem serviços de aluguel de carros elétrico (Stan Honda/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 15h04.

Pequim - A China pode isentar os compradores de carros elétricos do pagamento de impostos que incidem sobre as aquisições como parte de um conjunto de medidas estatais ampliadas para reforçar as vendas desses veículos depois que os últimos incentivos não foram suficientes para estimular a demanda, disse o vice-premiê Ma Kai.

O governo pode reduzir ou suprimir o imposto de 10 por cento incidente sobre a compra de automóveis no caso de “veículos de novas energias” -- termo usado pela China para os carros elétricos, híbridos plug-in e veículos a células de combustível -- e abrandar a redução de subsídios do governo além de 2015, segundo comentários do vice-premiê Ma Kai postados no site Chinaev.org.

Ma Kai também exortou os governos regionais a ajudar as empresas a desenvolverem serviços de aluguel de carros elétricos.

As ações da BYD Co., a maior fabricante de carros elétricos da China, subiram nas negociações em Hong Kong em meio ao aumento de sinais de que o governo está ampliando os esforços para combater o acúmulo de uma poluição que está sufocando a população.

No mês passado, o premiê Li Keqiang declarou guerra à poluição e Hangzhou se tornou a sexta cidade chinesa a impor restrições aos carros.

“Os veículos de novas energias são importantes no contexto da dependência energética da China, por isso o governo destinará mais recursos para promovê-los”, disse Harry Chen, analista da Guotai Junan Securities Co. em Shenzhen. “Reduzir ou isentar o imposto sobre compras certamente dará aos compradores mais motivos para comprar esses carros, porque trata-se de bastante dinheiro”.

BYD, Kandi

As ações da BYD, fabricante dos carros E6 totalmente elétricos e dos ônibus K9, subiram 1,7 por cento, para 49,30 dólares de Hong Kong, nas negociações em Hong Kong, superando o índice de referência Hang Seng.


As ações da Kandi Technologies Group Inc., que oferece serviços de aluguel de veículos elétricos em conjunto com a Geely Automobile Holdings Ltd. em Hangzhou, ganharam 34 por cento nas negociações em Nasdaq, neste ano, depois de quase triplicarem em 2013.

Cinco anos depois que a China começou a promover os veículos de novas energias, menos de 70.000 estão nas ruas, quantidade que está aquém da meta do governo central de chegar a 500.000 até 2015. Ma Kai culpou o compromisso vacilante das autoridades locais e o ritmo lento da construção de estações de recarga, segundo o comunicado.

O desenvolvimento desses veículos é de extrema importância por ajudar a reduzir a dependência energética da China, combater a poluição do ar e alimentar a indústria automobilística local, disse ele.

Entre outras medidas em estudo estão o uso dos recursos provenientes das sobretaxas aplicadas sobre as emissões para financiar veículos elétricos e também para continuar pagando subsídios ao combustível a empresas de transporte público mesmo depois de elas adotarem ônibus híbridos, disse Ma Kai.

Seus comentários dão mais detalhes de comentários anteriores do governo. Em fevereiro, a China disse que ofereceria mais subsídios para veículos elétricos do que o anunciado anteriormente.

Os subsídios para 2014 serão reduzidos em 5 por cento, em vez dos 10 por cento anteriormente programados, e diminuídos em 10 por cento em 2015, em vez de 20 por cento, segundo o último anúncio do governo, em fevereiro. O financiamento continuará depois de 31 de dezembro de 2015, com os detalhes ainda a serem anunciados, segundo o comunicado.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAutoindústriaCarrosCarros elétricosChinaImpostosLeãoVeículos

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões