Microsoft: problemas de incompatibilidade de novos produtos com os anteriores poderiam ser prática contrária às normas de livre concorrência (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 08h45.
Pequim - As autoridades reguladoras do comércio na China confirmaram nesta terça-feira uma investigação relacionada à Microsoft por supostas práticas monopolísticas, perante problemas de incompatibilidade em seu sistema operacional Windows e seu software Office, informou a agência oficial "Xinhua".
A investigação começou em 2014, quando funcionários chineses realizaram visitas surpresa a escritórios da Microsoft em várias cidades do país, embora até agora não tinha sido confirmado que aquelas operações respondiam à aplicação da Lei Antimonopólio.
Segundo a informação de hoje, a Administração Estatal para a Indústria e o Comércio solicitou à Microsoft que esclareça "importantes problemas" nos dados eletrônicos facilitados às autoridades durante o curso desta investigação.
Segundo a Lei Antimonopólio chinesa, problemas de incompatibilidade de novos produtos com os anteriores, e sem aviso prévio aos clientes, poderiam ser uma prática irregular e contrária às normas de livre concorrência.
A China aprovou a Lei Antimonopólio em 2008, após muitos anos de deliberações e polêmicas, e agora é vista por alguns analistas como uma ferramenta de ataque a certas empresas apontadas pelo governo comunista.