Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: falta de infraestrutura (Oscar Cabral/VEJA)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 18h02.
Rio - O China Development Bank Corporation assumiu 75% das fianças bancárias apresentadas pela petroleira venezuelana PDVSA ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como garantia para integrar a sociedade empresarial que constrói em Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima.
Pelo arranjo apresentado inicialmente, o Banco do Brasil (BB) tinha 25% das garantias e o Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, os demais 75%. Segundo fontes, o BNDES considerou perigosa a participação do banco português como líder da fiança, em razão da crise financeira que assola a Europa. Portugal é um dos países mais afetados.
Na reformulação do projeto de garantias, motivada pela contrariedade do BNDES em aceitar a proposta, a PDVSA baixou o porcentual do BES. O BB se afastou do grupo de fiadores. Parceiro do BES em acordos que envolvem US$ 300 milhões, o banco de desenvolvimento chinês assumiu a cota do BB e 50% da instituição portuguesa.
As garantias da companhia venezuelana somam R$ 4 bilhões, correspondentes a 40% do empréstimo de R$ 10 bilhões contraído pela Petrobrás há quatro anos junto ao BNDES para a obra da refinaria.
Além deste valor, a PDVSA terá que ressarcir a Petrobras dos gastos que teve antes da captação do empréstimo. A quantia, não divulgada pela estatal, começou a ser discutida hoje entre representantes das petroleiras brasileira e venezuelana.