Chile: a decisão será oficializada nesta sexta-feira para eventualmente entrar em vigor em 25 de março de 2017 (Ivan Alvarado)
AFP
Publicado em 23 de março de 2017 às 17h53.
Última atualização em 23 de março de 2017 às 17h53.
O sindicato da mina chilena Escondida, o maior campo de cobre do mundo, decidiu nesta quinta-feira prolongar o atual acordo coletivo e encerrar a greve de 43 dias diante da impossibilidade de chegar a um acordo com a empresa, informaram os trabalhadores.
"Com essa decisão, força-se um contrato coletivo por 18 meses, contados a partir de 1º de fevereiro de 2017, devendo-se iniciar uma nova negociação em 1º de junho de 2018", anunciou o sindicato em um comunicado.
A decisão será oficializada nesta sexta-feira para eventualmente entrar em vigor em 25 de março de 2017, acrescentou o sindicato.
Com a saída, o sindicato quer garantir que na negociação sejam mantidos os atuais direitos adquiridos, como contempla a nova reforma trabalhista, que entrará em vigor em abril, e que estabelece como salário mínimo os benefícios negociados anteriormente.
"Resguardamos, assim, o futuro das novas gerações de trabalhadores dessa empresa", garante o sindicato, que reúne cerca de 2.500 trabalhadores.
Pouco antes, a direção da Mineradora Escondida, controlada pela anglo-australiana BHP Billiton, havia anunciado a "dissolução da mesa negociadora", dando por finalizadas as negociações com o sindicato da mina responsável por 5% do cobre mundial e lhe deu o prazo de até 28 de março para aceitar ou rejeitar a última proposta.
Esta é a primeira vez que um conflito dessa grande mineradora é resolvido dessa forma.