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Chefe de operações da TIM pode deixar operadora em meio à reestruturação

Provável saída de Pietro Labriola vai se seguir à troca do presidente do conselho Mario Cesar Pereira de Araújo e do presidente-executivo Stefano de Angelis

Tim: Labriola tinha papel ativo nos assuntos do dia a dia da companhia e em questões estratégicas (Marc Hill/Bloomberg/Bloomberg)

Tim: Labriola tinha papel ativo nos assuntos do dia a dia da companhia e em questões estratégicas (Marc Hill/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 18h37.

São Paulo - O vice-presidente de operações da TIM vai deixar a companhia nos próximos meses, como parte de uma reestruturação na administração da operadora de telecomunicações, afirmaram duas fontes com conhecimento do assunto nesta quinta-feira.

A provável saída de Pietro Labriola vai se seguir à troca do presidente do conselho de administração Mario Cesar Pereira de Araújo, em março, e do presidente-executivo Stefano de Angelis, em julho.

A mudança também ocorre enquanto Amos Genish, presidente-executivo da controladora da TIM, Telecom Italia, assume uma postura mais participativa sobre as operações da subsidiária brasileira, escolhendo aliados de longa data.

Representantes da TIM não comentaram o assunto. Uma das fontes afirmou que Labriola deve deixar a empresa em setembro.

Entre as medidas adotadas por Genish desde que assumiu o comando da Telecom Italia em setembro passado está a contratação de um ex-executivo da operadora GVT para uma posição executiva na TIM em fevereiro.

Em março, Genish substituiu Araújo por João Cox Neto, conhecido no mercado de telecomunicações brasileiro e de quem ele é próximo no Brasil. A medida criou especulação na TIM de que Genish está buscando instalar aliados de longa data que compartilham sua visão sobre os rumos da subsidiária, que inclui uma agressiva expansão de serviços de fibra óptica e disciplina austera de custos.

Com a saída de Labriola, Genish pode ter outra oportunidade de trazer mais um nome de sua confiança na TIM.

Analistas, em geral, têm aprovado a postura de Genish sobre as operações do grupo no Brasil. Entretanto, a saída de um vice-presidente de operações pouco depois da troca de um presidente-executivo,um presidente de conselho e outros membros pode criar preocupações sobre a suavidade da transição.

Isso é especialmente válido uma vez que Labriola tinha papel ativo nos assuntos do dia a dia da TIM e em questões estratégicas, disse uma das fontes.

"Não é positivo que ambos estejam saindo, vai gerar ruído, e tornar a transição mais difícil", disse um analista de um grande banco que pediu para não ser identificado.

O analista acrescentou que, entrentanto, os investidores provavelmente vão ter uma posição favorável sobre Genish ter um papel na escolha de um novo vice-presidente de operações, o que deve minimizar o impacto da saíde de Labriola.

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