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CGU torna inidônea empresa investigada na Lava Jato

A empresa está impedida por, pelo menos, dois anos de participar de licitações e assinar contratos com órgãos e entidades dos poderes e esferas de governo

Tomé Engenharia (Tomé Engenharia/Divulgação)

Tomé Engenharia (Tomé Engenharia/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 19h43.

Última atualização em 19 de setembro de 2017 às 19h46.

Alvo da Operação Lava Jato por fraude em contratos da Petrobras e pagamento de propina a agentes públicos, a empresa Tomé Engenharia S/A foi declarada hoje (19) inidônea para contratar com a administração pública pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Com a punição, a empresa está impedida por, pelo menos, dois anos de participar de licitações e assinar contratos com órgãos e entidades de todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e de todas as esferas de governo, municipal, estadual e federal.

Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a empresa ainda não se manifestou.

De acordo com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, a empresa foi acusada, e considerada condenada, com base em duas tipificações de irregularidades previstas na Lei nº 8.666/1993 (Artigo 88, Incisos II e III) e no Manual de Contratação da Petrobras (Cláusula 9.3.6).

A primeira trata de fraude em da licitação, caracterizada pelo conluio entre empresas que prestavam serviços à Petrobrás, e a segunda, da prática de atos ilícitos que, segundo a CGU, ficou caracterizada pelo pagamento de propina a agentes públicos para garantir a continuidade de ajustes anticompetitivos.

Também ficou comprovada a utilização de empresas de fachada para dissimular pagamentos.

De acordo com a CGU, o processo administrativo de responsabilização contra a empresa foi instaurado em março de 2015 e teve como base informações compartilhadas pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) e Justiça Federal, além de dados colhidos junto ao Ministério Público Federal (MPF) e à Petrobras.

Também foram realizadas oitivas de colaboradores que firmaram acordo de delação premiada.

Ao todo, a CGU já instaurou 29 procedimentos administrativos de responsabilização no âmbito da Operação Lava Jato. Além da Tomé Engenharia S/A, seis empresas foram declaradas inidôneas: Mendes Júnior, Skanska, Iesa Óleo & Gás, Jaraguá Equipamentos Industriais, GDK S/A e Alumini Engenharia S/A.

As empresas NM Engenharia, Egesa e Niplan tiveram o processo arquivado por falta de provas. Já a empreiteira UTC Engenharia assinou acordo de leniência.

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