Negócios

CEO mais odiado dos EUA foi condenado a 7 anos de prisão

As fraudes de Martin Shkreli somaram mais de 10 milhões de dólares

Martin Shkreli: a fama de pior CEO do mundo veio após aumentar os preços de um medicamento para Aids (Lucas Jackson/ Reuters/Reuters)

Martin Shkreli: a fama de pior CEO do mundo veio após aumentar os preços de um medicamento para Aids (Lucas Jackson/ Reuters/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 10 de março de 2018 às 12h13.

Última atualização em 10 de março de 2018 às 13h32.

São Paulo - Martin Shkreli, conhecido como o CEO mais odiado nos Estados Unidos, foi condenado a sete anos de prisão na última sexta-feira.

A fama de ser o mais odiado dos EUA veio após ele ter comprado os direitos de produzir o remédio Daraprim - que controla os efeitos da Aids. No dia seguinte após a compra, Shkreli, que era sócio-fundador do laboratório Turing Pharmaceuticals na época,  aumentou o preço da medicação em mais de 5.000%, de 13,50 para 750 dólares – cada pílula.

Entretanto, a condenação veio por ter praticado crimes financeiros. Shkreli montou um esquema de pirâmide nos fundos MSMB Capital e MSMB Healthcare e as fraudes somam mais de 10 milhões de dólares.

Segundo as investigações, o executivo enviava declarações falsas que escondiam grandes perdas apuradas, prejudicando investidores. Shkreli chegou a dizer que seus fundos tinham 100 milhões de dólares, valor muito abaixo da realidade.

O executivo também foi acusado de manipular o mercado para fazer subir os preços das ações da Retrophin, empresa farmacêutica fundada por ele em 2011.

Segundo o CNN Money, durante o julgamento, Shkreli chorou e disse se sentir envergonhado de tudo que fez. “Sinto muito," disse ele aos investidores: "Perdi sua confiança."

A procuradoria do caso pedia 15 anos de prisão, já os advogados de defesa que queria que a pena ficasse entre 12 e 18 meses.

Acompanhe tudo sobre:AidsCEOsCrimeEstados Unidos (EUA)FraudesIndústria farmacêuticaMercado financeiroRemédios

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'