Pimco: o Pimco Total Return Fund registrou 17 meses consecutivos de saídas, em um total de 92,3 bilhões de dólares (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2014 às 13h00.
São Paulo - O presidente-executivo da gestora Pimco, Doug Hodge, jogou na defensiva na quinta-feira, reiterando que a saída de Bill Gross não afetou o funcionamento da gigante norte-americana em bônus. "Com a recente decisão do Bill de demitir-se, a percepção tem sido de que houve uma mudança dramática na Pimco", disse Hodge, em uma carta a clientes no site da Pimco.
"No entanto, a realidade é que, enquanto a Pimco evoluiu para uma empresa global de investimento diversificada, o nosso DNA é fundamentalmente inalterado."
A Pacific Investment Management Co sofreu em setembro um recorde de 23,5 bilhões de dólares de retiradas do fundo que é seu carro-chefe, o Pimco Total Return Fund, com o maior movimento diário ocorrendo no dia do pedido surpresa de demissão de Gross, em 26 de setembro.
A gestora disse que o Pimco Total Return Fund, administrado por Gross há 27 anos e que havia se tornado o maior fundo de bônus do mundo, está "bem posicionado" para atender a possíveis resgates.
O Pimco Total Return Fund registrou 17 meses consecutivos de saídas, em um total de 92,3 bilhões de dólares. Os ativos sob gestão caíram abaixo de 200 bilhões de dólares, ante pico de 292,9 bilhões de dólares em abril de 2013. "Nosso processo de investimento, que está no cerne do valor que oferecemos aos clientes, está enraizado - ele está gravado no nosso DNA", disse Hodge na carta.
"Nossa cultura de debate rigoroso e aberto continuará a animar fóruns trimestrais da nossa liderança executiva e de investimento global, bem como as reuniões diárias do Comitê de Investimentos. Continuamos a ser uma organização orientada para a equipe", acrescentou o executivo.