São Paulo - Nos Estados Unidos, o então presidente da empresa de gestão de investimentos Pimco, Mohamed El-Erian, renunciou ao cargo depois que sua filha pequena o entregou um papel que reunia momentos importantes da sua vida que ele havia perdido por conta do trabalho.
Ele compartilhou a decisão em um artigo no site de informações sobre finanças e investimentos Worth.
Conforme contou El-Erian, a menina fez a lista em "protesto", depois que o pai a advertiu de que não precisava pedir repetidas vezes para que ela fizesse uma tarefa, que ela deveria saber, pelo seu tom de voz, que ele estava falando sério.
Entre os 22 eventos que o executivo havia deixado de compartilhar com a criança estavam atividades como o primeiro dia na escola, a primeira partida de futebol, e uma reunião entre pais e professores para o desfile de Halloween.
"Eu me senti péssimo e fiquei na defensiva: eu tinha uma boa desculpa para cada evento perdido! Viagens, reuniões importantes, uma ligação urgente, tarefas repentinas. Mas eu me dei conta de que estava perdendo uma infinidade de coisas mais importantes. (...) Eu não tinha tempo suficiente para ela", escreveu.
A partir desse alerta, El-Erian decidiu dar uma guinada em sua vida profissional. No começo do ano, ele abriu mão do posto de presidente da Pimco para se dedicar a funções de meio período na empresa, que o permitissem trabalhar menos e ter mais flexibilidade para estar com sua filha nos "pequenos momentos". Ele agora é co-diretor de informática da companhia.
"Até agora, essa tem sido a decisão certa para mim", garantiu. Ele conta que agora reveza com a esposa nas tarefas de acordar a filha pela manhã, preparar o seu café e levá-la até a escola. O executivo diz que também está se esforçando para buscá-la no colégio e acompanhá-la em suas atividades.
"Ela e eu estamos conseguindo ter um monte de conversas e compartilhamentos maravilhosos. Nós até planejamos um feriado juntos, só nós dois", relatou.
O executivo lembra, no artigo, que sabe que nem todo mundo pode "se dar ao luxo" de abrir mão de algumas tarefas para se dedicar à família, mas que espera que as empresas possam dar cada vez mais atenção à questão da qualidade de vida.
"Sou o primeiro a reconhecer que eu sou inacreditavelmente sortudo por poder estruturar minha vida dessa maneira. E eu sou muito grato que isso esteja me concedendo a oportunidade de experimentar momentos decisivos na vida de minha filha antes que todos eles tenham passado", afirmou.
Em agosto deste ano, Max Schireson também decidiu abandonar o posto de presidente da fornecedora de banco de dados Mongo DB para conseguir estar mais próximo de sua família.
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1. O início da escalada
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1/10 (Flickr/Creative Commons/Collin Anderson)
São Paulo - Quem chegou ao topo da
carreira, muitas vezes, começou sua ascensão profissional a partir dos primeiros degraus. É o caso de
presidentes de empresa que começaram suas carreiras como lavadores de pratos, office-boys e engraxates. A seguir, conheça 10 histórias surpreendentes sobre os primeiros passos de diretores de
empresas brasileiras e estrangeiras:
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2. Jorge Samek, presidente da Itaipu Binacional
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Aos 15 anos de idade, Samek começou a trabalhar como office boy num banco em Foz do Iguaçu. "Na época não havia internet, então era necessário haver um garoto como eu para levar e trazer papéis e recibos", conta. A rotina de trabalho era seguida paralelamente à dos estudos. "Aprendi a respeitar hierarquias e ter disciplina", diz Samek. O emprego como office boy também lhe rendeu algum dinheiro para realizar alguns "sonhos de consumo" dos adolescentes da época. "Graças aos meus primeiros salários, comprei uma motocicleta e até as botinhas do Roberto Carlos", relembra o presidente da Itaipu.
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3. Edward Lange, presidente da Brasil Insurance
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3/10 (Divulgação)
O americano começou a trabalhar na adolescência. Aos 13 anos, seu primeiro emprego foi como distribuidor do jornal "The Register", na Califórnia. “Comprei uma bicicleta usada por 12 dólares e lançava jornais diariamente no jardim dos vizinhos antes de ir para a escola", conta Lange. O rendimento era de cerca de 200 dólares por mês. Mais tarde, ele teve outros empregos. "Trabalhei como cozinheiro num restaurante mexicano, vendi sapatos femininos, fui segurança de loja e até vendi vestidos de noivas", diz ele. O jovem recém-formado começou então a trabalhar na Allianz Argentina, anos antes de ingressar na Brasil Insurance.
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4. Luiz Donaduzzi, presidente da Prati-Donaduzzi
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4/10 (Divulgação)
Em 1990, o casal de farmacêuticos Luiz e Carmen Donaduzzi tocavam um pequeno empreendimento em casa. "A empresa éramos nós dois, vendendo produtos para as farmácias locais", lembra ele. Água oxigenada, mercúrio e cromo eram algumas das mercadorias comercializadas pelos Donaduzzi. "Também vendíamos chá de boldo e camomila, depois de comprar e empacotar as folhas", lembra o presidente. Em 1994, mudaram-se para o Paraná e, de lá, expandiram os negócios. Hoje, a empresa é especializada na produção de medicamentos genéricos e tem mais de 4 mil funcionários.
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5. Lloyd Blankfein, presidente do Goldman-Sachs
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Antes de se tornar presidente de um dos maiores bancos do mundo, Blankfein teve um início de carreira humilde no bairro do Brooklyn, em Nova York. Para ganhar algum dinheiro enquanto estudava, o jovem vendia cachorro-quente e refrigerante no Estádio Yankee,
segundo a revista Fortune. Outra atividade de Blankfein na juventude foi como salva-vidas - uma atividade que o fez perder peso, depois de anos lutando contra a balança
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6. Michael Dell, presidente da Dell
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6/10 (Getty Images)
A primeira ocupação do presidente da gigante da tecnologia foi como lavador de pratos em um restaurante chinês, anos 12 anos. Seu objetivo era conseguir dinheiro para sua coleção de selos,
segundo a Biography.com. Mais tarde, ele trabalharia com dados no jornal Houston Post. Sua missão era aumentar o número de assinantes do periódico, de acordo com o mesmo site.
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7. Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway
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7/10 (Chip Somodevilla/Getty Images)
Um dos homens mais ricos do planeta, Buffett ingressou no mundo do trabalho de forma humilde. Aos 14 anos, o futuro empresário passava suas manhãs entregando cópias do jornal The Washington Post,
segundo o Business Insider. No mesmo ano, o futuro empresário reuniu suas economias e fez seu primeiro investimento. De acordo com o mesmo site, o jovem Buffett comprou 16 hectares de uma propriedade rural por 1.200 dólares.
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8. Oprah Winfrey, presidente da OWN
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8/10 (Stephane de Sakutin/AFP)
A primeira mulher negra bilionária teve uma juventude bastante dura.
De acordo com a Forbes, seu primeiro emprego foi numa mercearia de esquina, ao lado da barbearia do seu pai em Nashville, no Tennessee. Aos 16 anos, Oprah ingressou numa estação de rádio local, onde lia no ar as notícias do dia.
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9. Donald Trump, presidente da Trump Organization
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9/10 (Getty Images)
O magnata do setor imobiliário já nasceu rico. Mesmo assim, seu pai o incentivou a trabalhar desde cedo para que ele aprendesse o valor do dinheiro. "Meu pai foi meu melhor chefe, um exemplo de disciplina",
disse o bilionário à Forbes. O pai levava o filho para recolher garrafas de refrigerante vazias e revendê-las. "Foi meu primeiro salário, o valor de uma pequena mesada", contou o bilionário. Mais tarde, o apresentador do programa "The Apprentice", da rede NBC, também trabalhou como cobrador de aluguéis.
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10. Agora veja as formações inusitadas de executivos que chegaram ao topo
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