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CEO da PepsiCo diz que eleição de Trump assustou funcionários

“Muitos estavam de luto com o resultado, nossos funcionários estavam chorando", disse Indra Nooyi

Indra Nooyi, da Pepsico (Getty Images)

Indra Nooyi, da Pepsico (Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 12 de novembro de 2016 às 08h00.

Última atualização em 12 de novembro de 2016 às 08h00.

São Paulo - A presidente da PepsiCo, Indra Nooyim, afirmou que o resultado da eleição de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos deixou muitos funcionários amedrontados. Apoiadora de Hillary Clinton, ela falou sobre o clima na companhia após a eleição no evento DealBook 2016, do New York Times.

"Tive que responder muitas perguntas, das minhas filhas e funcionários. Muitos estavam de luto e chorando com o resultado", disse.

Ela disse que a primeira coisa a fazer é “garantir que todos nos Estados Unidos estão seguros e que nada mudou por causa da eleição. O que ouvimos foram discursos de campanha”, disse. “Temos que nos unir e a vida temos que continuar”.

Durante o evento, que pode ser assistido na íntegra aqui, em inglês, ela também falou sobre a política de comércio exterior do republicano e sobre a estratégia da PepsiCo para os próximos anos.

Ainda que seja uma companhia multinacional, ela acredita que a fabricante da PepsiCo irá sofrer pouco com a política isolacionista de Trump em relação ao comércio exterior. “Fazemos pouco comércio entre as fronteiras de diferentes países, então isso não irá nos afetar”, disse.

“Mas pode haver discriminação de companhias americanas em outros países, por conta das questões de comércio americanas”.

Menos açúcar

Questionada por  Andrew Ross Sorkin, colunista do New York Times sobre o impacto da empresa de refrigerantes na alta taxa de obesidade do país, Nooyi disse que está tentando deixar o portfólio da empresa mais saudável.

"Os seus ancestrais inventaram o refrigerante e exportaram para o resto do mundo. Aqui estou eu, uma imigrante, deixando-o mais saudável", disse. Ela foi da Índia para os Estados Unidos, para estudar na Yale School of Management em 1978.

No último ano, a companhia definiu uma meta para reduzir a quantidade de açúcar em seus refrigerantes, criou o Gatorade Orgânico, parou de vender refrigerante em escolas e cortou o aspartame de alguns produtos.

Mas a CEO informou que isso tem que ser feito aos poucos - cortar totalmente o açúcar nas bebidas quebraria as vendas da companhia. "Temos que treinar o nosso paladar, para diminuir os níveis de açúcar".

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