Cemig: nos planos da Cemig, a AGU deve analisar o pleito de retirar Miranda do leilão e encaminhar essa proposta ao STF (Cemig/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de setembro de 2017 às 13h39.
Brasília - O presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, disse nesta terça-feira, 26, que ainda tem expectativa de que ao menos a hidrelétrica de Miranda, uma das quatro usinas da estatal que o governo pretende leiloar na quarta-feira, 27, fique sob o controle da empresa mineira.
A proposta será encaminhada à Advocacia Geral da União (AGU), que deve remeter o pleito ainda nesta terça para análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Estamos com expectativa boa. Estamos com a intenção de conseguir resolver essa situação hoje", disse Alvarenga ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) ao chegar no STF para um encontro com o ministro Dias Toffoli. Segundo o presidente da Cemig, a proposta é de que o leilão seja mantido, apesar da retirada de Miranda da oferta.
Ele não disse, porém, se isso é efetivamente possível. "Pelo menos essa é a nossa expectativa. Acho que não precisa cancelar o leilão", disse Alvarenga, acrescentando que o objetivo da Cemig é sensibilizar o governo. "Vamos ver, estamos na briga."
Alvarenga estava acompanhado do deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG), que tem articulado as movimentações da Cemig em Brasília. Apesar do otimismo do presidente da Cemig, o deputado disse que a retirada de Miranda da licitação levaria sim ao adiamento do leilão. "Precisa cancelar o leilão", disse o parlamentar.
O encontro com o ministro Toffoli não durou mais de 20 minutos. Na saída do STF, Alvarenga disse apenas que esteve no Supremo para agradecer o apoio de Toffoli. O presidente da Cemig confirmou que, às 14 horas, estará na AGU para uma reunião com a ministra Grace Mendonça.
Nos planos da Cemig, a AGU deve analisar o pleito de retirar Miranda do leilão e encaminhar essa proposta ao STF. Segundo o deputado Fabio Ramalho, o presidente Michel Temer teria se mostrado sensibilizado com o pedido e solicitou que a AGU "abrisse a mesa de negociação".