Ralph Sapoznik (de malha laranja), Daniel Cleffi e Felipe Franco: negócio foi estudado por seis meses (Rogério Gama/Divulgação)
Tatiana Vaz
Publicado em 25 de maio de 2017 às 16h50.
Última atualização em 7 de maio de 2019 às 19h29.
São Paulo – Em vez de crescer por meio da compra de rivais de negócios semelhantes, como é o habitual, a rede de idiomas Cel.Lep decidiu diversificar a forma de atuação. Anunciou hoje a compra da MadCode, especializada em ensinar programação para crianças e adolescentes.
A companhia estima que, em 2020, o déficit de programadores no país atinja 408.000 profissionais – e espera lucrar com isso, bem como com o ensino de inglês.
A aquisição integral da MadCode, de valor não divulgado, foi estudada por seis meses pela Cel.Lep antes de ser fechada. De acordo com a empresa, a aposta se dá pela crença de que se trata de um setor promissor.
“A aquisição da MadCode reforça nossa visão inovadora de ensino e abre um novo caminho para atuarmos no desenvolvimento de duas competências – o inglês e a programação - que são fundamentais para o futuro das crianças e adolescentes”, afirma o diretor geral do Cel.Lep, Felipe Franco, em comunicado.
Fundada pelos sócios Daniel Cleffi e Ralph Sapoznik, a MadCode é uma empresa nova, criada em 2014, mas que vinha dobrando de tamanho a cada ano, graças a alta demanda do mercado.
Possui hoje mais de 23 unidades e InSchools nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com currículo plurianual desenvolvido de programação para ensino de jovens brasileiros. A ideia era seguir a tendência já consolidada em outros países, como a Inglaterra, onde o tema já faz parte da vida escolar.
“O mundo é muito tecnológico para não alfabetizarmos digitalmente nossos filhos”, afirma Daniel Cleffi.
Já a Cel.Lep é uma das redes de ensino de idiomas mais tradicionais do país, com 50 anos de atividade, com 15.000 estudantes atendidos nas 45 unidades.
Comprada pelo grupo inglês HIG Capital, em 2012, a companhia pode agora ampliar o número de escolas, ainda que as duas marcas seguirão independentes.