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CCX diz que errou ao informar que Eike era engenheiro

Desde que prisão preventiva de Eike Batista foi decretada até ele ser detido na segunda-feira (30), um frisson em torno de sua escolaridade se formou

Eike Batista: sem formação superior, empresário não tem direito a cela especial (foto/Reuters)

Eike Batista: sem formação superior, empresário não tem direito a cela especial (foto/Reuters)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 18h25.

São Paulo - Desde que prisão preventiva de Eike Batista foi decretada até ele ser detido na segunda-feira (30), um frisson em torno de sua escolaridade se formou.

Sem curso superior, o empresário não teria direito a uma cela especial  – o que acabou se confirmando. Porém, parece que nem mesmo as empresas do ex-bilionário sabiam ao certo se ele tinha um ou não um diploma.

A CCX, companhia de mineração de carvão da qual Eike ainda detém 56,22% das ações, comunicou ao mercado na quarta-feira (1) que, diferentemente do que seu formulário de referência informava, ele não é engenheiro.

O esclarecimento veio depois que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) contestou a firma.

"A companhia consultou imediata e formalmente os assessores diretos do Sr. Eike Batista sobre o tema, os quais confirmaram que o Sr. Eike Batista efetivamente cursou engenharia metalúrgica pela Universidade de Aachen, Alemanha, mas não chegou a completar a graduação", dizia o comunicado.

A CCX disse ainda que corrigiria o equívoco no documento e que "em nenhum momento buscou induzir qualquer investidor a erro a esse respeito".

Outras duas empresas de Eike, a OGpar (ex-OGX) e a MMX, reforçaram em comunicados ao mercado que a prisão do acionista não afeta seus negócios.

Eike está preso na penitenciária Bandeira Stampa, no Rio de Janeiro, conhecida como Bangu 9. Ele chegou a passar duas horas no superlotado presídio Ary Franco, também na cidade, mas foi transferido para garantia de sua integridade física.

Eike é investigado na Operação Eficiência, no âmbito da Lava Jato, suspeito de ter pagado propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Ele teria transferido 16,5 milhões de dólares político, preso desde novembro, por meio de uma conta no Panamá.

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